Diário da República – II Série
Quarta-Feira, 30 de Março de 2011 Número 63
PARTE L - CONTRATOS PÚBLICOS
AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA
Anúncio de procedimento n.º 1462/2011
MODELO DE ANÚNCIO DO CONCURSO PÚBLICO
1 - IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DA ENTIDADE ADJUDICANTE
NIF e designação da entidade adjudicante:
600082563 - Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
Serviço/Órgão/Pessoa de contacto: ANSR - NAGO - Ana Calambra
Endereço: Av. Casal de Cabanas; Urbanização Cabanas Golf n.º 1
Código postal: 2734 507
Localidade: Barcarena
Telefone: 00351 214236921
Fax: 00351 214236902
Endereço Electrónico: amcalambra@ansr.pt
2 - OBJECTO DO CONTRATO
Designação do contrato: Aquisição de Serviços de Elaboração de Propostas de Decisão de Propostas de Contra-Ordenação
Tipo de Contrato: Aquisição de Serviços
Valor do preço base do procedimento 1200000.00 EUR
Classificação CPV (Vocabulário Comum para os Contratos Públicos)
Objecto principal
Vocabulário principal: 79100000
Valor: 1200000.00 EUR
3 - INDICAÇÕES ADICIONAIS
O concurso destina-se à celebração de um acordo quadro: Não
O concurso destina-se à instituição de um sistema de aquisição dinâmico: Não
É utilizado um leilão electrónico: Não
É adoptada uma fase de negociação: Não
Lê-se no Diário da República e, a não ser um documento forjado por almas maldosas e apostadas no desassossego nacional, está aqui uma excelente oportunidade para abichar 1200000 € (parece que não me enganei nos zeros…).
Malta, ‘bora ir?
Vejam bem: Aquisição de Serviços de Elaboração de Propostas de Decisão de Propostas de Contra-ordenação.
A ver se eu percebi: a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária quer adquirir os serviços de alguém que seja capaz de elaborar propostas de decisão – será que por lá não há ninguém com tal estupenda capacidade? – relativamente a outras propostas, só que estas últimas são de contra-ordenação. Clarinho como a água!
A partir do momento em que se consiga perceber o sentido profundo da capacidade de elaborar propostas de decisão de propostas de contra-ordenação, nada será como dantes neste país das maravilhas.
E, no fundo, talvez tudo até seja mais fácil do que parece. Ora, vejamos: alguém me pespega uma proposta de contra-ordenação à frente. Eu olho para ela com um ar inteligente e intimidatório e proponho qualquer coisa como: proponho que se decida que esta proposta de contra-ordenação deva ser liminarmente lançada ao lixo!
Ora bem, ou a lançam ao lixo ou não. Eu cá só fiz a minha proposta, em boa conformidade com a matéria a concurso e lavo daí as minhas mãos. Abro a carteira e recebo o pagamento, quer a minha proposta à proposta seja seguida, quer não, pois o trabalhinho já ninguém mo tira. Venha outra…
Escapou-me alguma coisa? Ou podemos concluir como é diferente a arte da contra-ordenação em Portugal!
É lindo, Noé? Já se tinha abordado esta pérola no dia 28/4.
ResponderEliminarUma colega advogada explicou-me isto... e disse que era algo compreensível. Eu é que não entendi.
Mas ela também disse logo que isto estava destinado a um dos grandes gabinetes de advogados de Lisboa.
O entendimento é a arma secreta do hermetismo. Para que uma mensagem secreta passe, é necessário torna-la tão legivel que ninguém a consiga ler: entenda-se, a mensagem, não o texto.
ResponderEliminarO texto, esse, é uma pérola e no fundo fala-nos à alma. Jogar ao lixo!!!????
Oh ORca! ÓOOOhhhh, inclemência! Óooohhhhh, por jUPITER!!!!
Não se joga no lixo, isto é material reciclável, e do melhor. Uma proposta de decisão de proposta de contra-ordenação, é o que eu uso na minha roda da frente da bicicleta!
Aquela câmara de ar, recheada de gel antifuro revelou o seu segredo quando troquei o pneu da frente: sob a camada de gel protector anti-furo, havia nove orifícios. Nunca fiquei na estrada por causa dum furo, mas não vá o diabo tece-las e enfiei-lhe com nove remendos. Não que o anti-furo não fosse eficaz, mas um homem lembra-se de repente que à custa de furos sucessivos, pode chegar ao momento de ter em vez duma câmara de ar, uma rede pastosa entre a roda e o pneu, coisa que deve ser parecido a uma proposta de decisão de propostas de contra ordenação, e... oraxacaver, xacaver... 12.000 a um euro e vinte cada câmara de ar, dá para .....noves fora nada....praí pra cima dum culhão delas...
Ai uma proposta de decisão de proposta de contra-ordenação é uma coisa no pneu?! E eu a pensar que proposta de decisão de proposta de contra-ordenação era um problema de entrar líquido anticongelante no óleo do carter...
ResponderEliminarOu mesmo a ligeiríssima cagadela que o passarinho que cantava ao romper da bela aurora, em termos mais a dar para o jurídico, soltara sobre o garboso pastor acocorado atrás de um chaparro e a fazer pela vida...
ResponderEliminarPois que isto é tudo compreensível, lá isso é. Mas que ninguém percebe puto desta compreensão, também é verdade. Vá lá a gente entender o que se entenda de um enorme desentendimento... Olha, olha, começa-se nas contra-ordenações e logo se chega ao espectro político. Espectro que, como se sabe e o termo indica, tem algo de feérico, de fogo-fátuo, de fantasmagórico, de flatulência.
Ah, quem me dera ter essa capacidade de entender o ininteligível! Onde eu estaria agora...
Aqui não seria.
ResponderEliminarAdorei este título: "proponho que proponhas que se proponha uma proposta..." Não sei porquê, tenho uma queda pela metalinguística...
ResponderEliminar:)
O concurso também é muito erótico... embora se incline um pouco, a meu ver, para o domínio da pornografia...
ResponderEliminarPornografia pura e dura.
ResponderEliminarPornografia a dar para o escatológico, ainda por baixo... Coprofagia ou cocófagia à mistura, sei lá... A política do penico, a penúria do palonço, o palanque do pelintra...
ResponderEliminarVinde a mim, ó pobrezinhos, venha a mim o vosso reino, mas, já agora, tragam as vossas poupanças, que o melhor do mundo são as crianças...
E bem aventurados sejam os pobres de espírito...
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