Saber ler, escrever, contar. Aprender a pensar. Aprender a estudar. Isto e qualidade humana, essencialmente. Infelizmente muito pouca. Raras e honrosas excepções. Apenas. Muito honrosas deveras (tive sorte). E de resto pouco… pouco ficou da trigonometria, da termodinâmica, da física, da taxonomia, da geografia... Daquilo que me foi ensinado sem amor, pouco ficou. Um lastro, é certo… Mas bem passaria sem isto ou aquilo, ou mais isto ou aquilo. Era o mesmo. O que fez de mim quem sou foi o essencial. E da aprendizagem, o essencial foi aprender a “ser alguém” com pessoas que eram alguém também. Aprender a ser qualidade humana e ler e escrever e contar (o melhor possível) e aprender a pensar (nos outros, por exemplo, por vezes no seu “mau exemplo”) e aprender a procurar e a encontrar as soluções para o dia de hoje. Saber ser qualidade humana (o mais possível). Até hoje insisto. Tento. Tento sempre ser o melhor possível. Analisar e reparar e corrigir os meus defeitos (inúmeros por excesso ou escassez). Tento. Todos os dias tento fazer melhor. Todos os dias em que me não ocupo a traçar um novo plano, um projecto melhor de mim própria…
É difícil ser-se professor com qualidade humana (sei-o porque, enquanto aluna, encontrei muito poucos). Dar o corpo ao manifesto. O amor à causa. Ensinar crianças e jovens com amor. Estar atento a eles, conhecê-los, compreendê-los, saber o seu nome, tentar ajuda-los, fazer o melhor para que eles sejam o melhor possível e se possível reparar em todos (dar atenção a todos). Ter genuína vontade de lhes ensinar qualquer coisa que valha a pena… e servir-lhes de exemplo. Não apenas despacha-los, como se fossem pacotes a atulhar de “conhecimento”. Uma “pessoa” não é isto. Uma “pessoa” é a sua sabedoria (de amor). Quem não é isto não chega nem a ser um projecto de “ser humano”.
É difícil ser-se professor com qualidade humana (sei-o porque, enquanto aluna, encontrei muito poucos). Dar o corpo ao manifesto. O amor à causa. Ensinar crianças e jovens com amor. Estar atento a eles, conhecê-los, compreendê-los, saber o seu nome, tentar ajuda-los, fazer o melhor para que eles sejam o melhor possível e se possível reparar em todos (dar atenção a todos). Ter genuína vontade de lhes ensinar qualquer coisa que valha a pena… e servir-lhes de exemplo. Não apenas despacha-los, como se fossem pacotes a atulhar de “conhecimento”. Uma “pessoa” não é isto. Uma “pessoa” é a sua sabedoria (de amor). Quem não é isto não chega nem a ser um projecto de “ser humano”.
“Conhecimento” adquire-se estudando, “sabedoria” adquire-se amando.
O “conhecimento” (Homo sapiens sapiens) é transitório. Só a sabedoria (do amor, da vida, a descoberta do caminho para a felicidade) permanece, sobrevive ao tempo... prossegue!
Muda-se a profissão, o modo de vida, a casa, o carro, o conhecimento. Aprende-se. Lembra-se. Esquece-se. Fazem-se outros negócios, outras alianças. E o que fica? Aquilo que a pessoa é. É o que persiste. E se tiver evoluído o bastante para entretanto se fazer a si própria através dos outros qualidade humana, é fantástico! É isto o verdadeiro sucesso do ensino: produzir qualidade humana o mais habilitada possível para estas ou aquelas funções (práticas). Consoante o interesse e a vontade da pessoa. Nem todos querem ser médicos. Alguns preferem ser carpinteiros. E outros gostam mais de servir às mesas. Para uma pessoa evoluída, servir às mesas pode ser um trabalho muito interessante. Uma experiência repleta de pessoas de todos os tipos e em diferentes circunstâncias: um chora, outro ri, o problema dum é este e o de outro, outro, um tem fome, outro tem sede. Mas sobretudo uma experiência interessante para observar de que forma se é tratado pelos outros. Aprende-se muito com os defeitos (erros) dos outros (na pele).
Obrigada. A quem me ensinou sintaxe e gramática com amor… e tudo o mais. Muito obrigada. A todos quantos me ensinaram a ser quem sou. Pode até ser presunção, talvez mais um defeito a corrigir, mas sendo honesta, tenho imenso orgulho em ser quem sou. E se sou o que sou foi em grande parte resultado daquilo que me ensinaram os meus inúmeros professores (além das “matérias”). A pouca qualidade humana (muitas vezes excelente) foi o meu modelo, o meu exemplo. O resto foi o contrário dele. Observar no outro o erro, para em mim própria o corrigir: o grau de desatenção, de desleixo, o ir lá “despejar conhecimento”, “meter (dinheiro) ao bolso” e “andar” (destes tive muitos), a negligência, o desinteresse, a incapacidade do esforço de agir no sentido de tentar fazer melhor, etc.. Aprendi muito com todos. Aprender é uma questão de vontade (de amar). Amar cada vez mais, cada vez melhor.
Porque sim. Porque é bom, faz bem, dispõe bem, é o único caminho possível para a felicidade e a razão de existirmos e tal, mas à parte isso, dá muito prazer. Ter em torno de nós pessoas de olhos brilhantes, felizes, atentas, amáveis, bem-dispostas, com quem fazer energia positiva em simbiose, traz verdadeira felicidade. E soma. Vai somando… e dá muito prazer.
… é outra definição possível para o amor: “fazer energia positiva em simbiose”. Pode ser com pessoas, com animais, com plantas, aquários, hortas, panelas de sopa… Pode-se fazer energia positiva com o que se quiser, por amor ao próprio ou a outros. Mas à medida que se vai saindo do casulo de egoísmo há uma maior propensão para o amor voltado para fora (aos outros)…
O “conhecimento” Homo sapiens sapiens esvai-se, é “ultrapassado”. A posse material desaparece e reaparece. Só a sabedoria do amor permanece… se aperfeiçoa de geração em geração... ao longo de séculos, de milénios… além desta existência, desta experiência…
Coço a cabeça para pensar como podemos encontrar-nos neste ponto? nesta selva? com uma tropa de entre os piores (os menos evoluídos) ao leme? como é isto possível? Ao contrário de evoluirmos (para a felicidade), involuímos (para a infelicidade). Mais pobreza, mais sofrimento, mais desperdício, mais lixo, mais destruição, mais inutilidades… numa palavra, mais ignorância. Desculpem-me mas é de loucos. Cegos, mudos, surdos e loucos. Distraídos ao extremo da pasmaceira patológica. Ausência absoluta das suas próprias vidas. Zombies como nunca: pi-pi-pi daqui, televisão dali, jogo dacolá, ninguém sabe, ninguém viu, ninguém se conhece… Tudo a dormir e a banda (a vida, a experiência) a passar ao lado. Estamos aqui, neste ponto de dormir em pé (por vezes com fome e sede e doença e desconforto), e a banda (a vida, a experiência) a passar… e muito bem enquanto não tocam sinos nem bombas…
É tempo de despertar! Aprender o essencial (ao menos): saber respirar, alimentar, exercitar, beber, conversar (comunicar), ter sexo (comunicar (dar prazer) com alguém através do seu corpo), estar atento aos outros… Amar. Aprender o gosto de ser feliz a fazer outros felizes. Amar o mais possível. Já é tempo de aprendermos a amar (muitos de nós, quase todos). É exactamente este o tempo (certo) de aprender a fazer da vida uma experiência positiva (o mais possível).
A.D.D. - Distúrbio de défice de atenção.
Para quem tem pais e avós professores, isto é de se assinar por baixo.
ResponderEliminarÉ uma profissão muito importante (a de professor). De muita responsabilidade. São as primeiras pessoas a servir de modelo e por quem se desenvolvem afectos além das ligações de sangue (da família)...
EliminarSabes?... gosto de ler-te.
ResponderEliminarÉ bom amar e sentir-mo-nos amados. Procuro fazê-lo da forma como tu tão bem descreves - com QUALIDADE!
Para além do Amor dos nossos pais, o primeiro que devemos aprender e identificá-lo como nosso - Amor refletido. Existe o Amor próprio que só o aprendemos quando nos encontramos em alguma situação difícil e temos alguém do nosso lado que nos mostra e ensina. E quando não temos ninguém? Como é? É desse Amor que a grande maioria carece. Uma vez que espera do outro aquilo que tem em si e por ignorância desvaloriza. Não sabe o que lhe foi negado ou o que lhe foi roubado. Não lhe reconhece valor. Talvez nunca O sentisse de verdade.
Quanto a mim este é o grande Fado da sociedade da sociedade portuguesa: falta de mimo, carinho e Amor-próprio.
Esse Amor de pais e mães pertence de direito a todas as crianças e tristemente tem sido negado na grande maioria.
Eu sei que não tem nada haver... Mas isto não é culpa do governo.
... se a malta decidir amar... "o governo" vai mesmo ter que aguentar! :O) (ou melhor, "isto" que existe não se aguenta de maneira nenhuma...)
EliminarO verdadeiro amor transcende a união do sangue e quaisquer outras alianças (práticas).
Um grande beijo!
"Quanto a mim este é o grande Fado da sociedade da sociedade portuguesa: falta de mimo, carinho e Amor-próprio".
ResponderEliminarIsso tudo... e sexo! Se quem manda fizesse (mais) sexo, não quereria compensar a carência fodendo a malta a torto e a direito.
"Ter em torno de nós pessoas de olhos brilhantes, felizes, atentas, amáveis, bem-dispostas, com quem fazer energia positiva em simbiose, traz verdadeira felicidade".
ResponderEliminarPerceber isso foi o primeiro passo para me afastar das pessoas que gostam de mim.
Sem dúvida! Tudo isso e sexo.
EliminarE as pessoas que gostam de nós? São seguidoras ou prisioneiras? ;s
No meu caso são apenas equivocadas. :)
EliminarE sexo, please do.
OM Nu,
EliminarO amor é a liberdade. Existe por vontade. Ninguém segue ou é "aprisionado"... Ama-se pelo gosto de amar. Porque se aprende muito... Porque se evolui muito a amar (só se evolui a amar...) E quanto mais degraus se sobem, mais depressa se aprende, mais se ama...
Believe it or not...
Meu doce tubarão de águas profundas,
EliminarAcho que devias deixar-te disso desse gosto pelo sofrimento. Ser feliz é muito mais catita... ;)
(Mil perdões, é apenas a minha opinião (sincera)...)
E sexo... sem amor não presta (believe it or not).
Uma outra perspetiva:
EliminarQuando amo liberto-me e sigo... Sigo de perto quem amo de uma forma física(claro) ou sigo em frente por amor de mim mesma.
Depois sexo para mim... um 'mal', bom e necessário. Pois sou livre de o viver ...
Afastando-me um pouco do sentimento de Amor Universal.
Reconheço que o Amor(declarado) que recebo de quem desejo, quero e sou apaixonada é um amor físico. Concretizado por gestos, palavras e amizade. Quando o que quero... é tudo isso, também, concretizado na 'carne'. Amor Carnal.
E osso?
EliminarEsse dá-se ao cão?
Eliminar:P
"Há-des" ter muitos amigos, "há-des"... eunucos!
EliminarPois é... Havia, até, um alguém que dizia serem as pessoas insatisfeitas muito mais controláveis (na perspectiva das marionetas), por mais paradoxal que isso possa parecer. E, então, se falarmos de insatisfação sexual, a coisa agrava-se exponencialmente.
ResponderEliminarO ser já detentor de alguma sabedoria e satisfeito - que ninguém leia aqui «acomodado», mas sim «em boa fase de realização» - por dentro e por fora, de norte a sul e de este a oeste, é também um livre-pensador, um incómodo subversivo, um chato para o sistema, um eterno «contra».
Ah, mas os bons professores, senhores, o que nos tocaram com a varinha mágica dos saberes temperados pelos afectos, esses são os deuses do Olimpo de que todos precisamos.
Meu querido Jorge,
EliminarSábias palavras. A mim não me parece nada paradoxal que as pessoas insatisfeitas sejam mais controláveis. É exactamente o que acontece. Sabedoria só se adquire amando. Quem não ama permanece na ignorância e é facilmente manipulado, usado, enganado... Só quem ama com qualidade evolui para se tornar senhor do seu caminho...
Um grande beijo
Escapou-te o meu anterior artigo sobre o amor? Gostava muito que lesses...
Isso, Jorge. Vai ler:
Eliminarhttp://persuaccao.blogspot.pt/2012/09/nao-e-novidade-o-amor-existe-e-aprende.html
Sabes o é ler-te,
ResponderEliminarasinhas de luar?
É mergulhar nas ondas.
O céu,
de que é feito o mar.
... mergulhar no mar são os teus olhos (azuis...)
Eliminar... meu doce Charlie...
Vocês não façam cerimónia :O)
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