Um dos seguranças de Passos Coelho, no passado dia 26 de Setembro, aquando de uma visita do primeiro ministro ao Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, no interior das instalações deste estabelecimento de ensino, dirigiu-se a um estudante que teria vaiado Passos Coelho, agarrou-o por um braço, isolou-o e conduziu-o ao exterior das instalações para ser identificado pelos agentes fardados que ali se encontravam, em profusão estapafúrdia.
Pelo caminho, tentou impedir um operador de câmara da TVI de filmar esta sua atitude, tendo até ensaiado uma agressão ao repórter.
Parece que a Inspecção-Geral da Administração Interna já terá aberto um inquérito a esta tentativa de intimidação ao repórter... Mas, então, e a atitude perante o estudante, que me parece igualmente ser não menos gravosa? De que estará à espera a direcção do ISCSP para lavrar, também, o seu protesto e exigir responsabilidades à tutela por este acto desrespeitoso e indigno?
Até nos tempos salazarentos havia algum pudor ou reticência na entrada e actuação da polícia nos estabelecimentos de ensino, entendidos, tal como as igrejas, locais de alguma independência ou autonomia, chamemos-lhe assim, sacralizada.
Pelos vistos, para esta gente, isso terá sido coisa que passou à História.E assumem que, já muito fora do regime democrático em que supostamente vivemos, o País vive afinal em estado de sítio promovido, a contrario sensu, pelos nossos governantes.
Reflectindo tão-só que toda esta movimentação nas ruas se deve, em primeira instância, ao profundo e mais do que legítimo descontentamento que grassa por Portugal fora, mas que foi a inépcia não inocente do governo de Passos Coelho através da aberração da TSU e demais declarações avulsas que, como causa próxima, atiraram os descontentes para a rua, massivamente, em desepero e numa unidade de acção de dimensões porventura pouco imagináveis pelos senhores do «arco do poder», fica-me a sensação desconfortável de que tudo isto estará a ser orquestrado.
Ora, como nada acontece por acaso, parece-me claro, também, que o tempo deste governo acabou, sob pena de consistir ele no principal e determinante fautor de instabilidade e criador de conflituosidade social.
E depois dele? Ora, novas políticas, claro...
NOTA PÓS-POUCA VERGONHA - O presidente do ISCSP, Manuel Meirinho, por acaso cabeça de lista pelo PSD, na Guarda, nas últimas eleições legislativas anunciou um inquérito disciplinar ao aluno que vaiou o primeiro ministro Passos Coelho!
E está concluído o círculo da prepotência. Este fulano que devia, em primeira instância – isto, claro, se tivesse alguma coisa parecida com coluna vertebral… – pugnado pela dignidade e independência da instituição a que preside, faz exactamente o que o patrão espera dele: senta-se, agita a cauda e move um inquérito ao estudante, alegadamente porque há um código de conduta naquela universidade.
E esse «código de conduta» não lhe recomenda, antes de mais, que preserve a invasão da instituição que está à sua guarda dos desmandos intrusivos da «polícia», seja ela qual for? Efectivamente, há muita maçã podre neste cabaz de burgessos.
E está concluído o círculo da prepotência. Este fulano que devia, em primeira instância – isto, claro, se tivesse alguma coisa parecida com coluna vertebral… – pugnado pela dignidade e independência da instituição a que preside, faz exactamente o que o patrão espera dele: senta-se, agita a cauda e move um inquérito ao estudante, alegadamente porque há um código de conduta naquela universidade.
E esse «código de conduta» não lhe recomenda, antes de mais, que preserve a invasão da instituição que está à sua guarda dos desmandos intrusivos da «polícia», seja ela qual for? Efectivamente, há muita maçã podre neste cabaz de burgessos.
E a malta que mantém a verticalidade é cada vez mais minoritária...
ResponderEliminarBem me envergonha, esse protótipo de "voz do dono". Quando frequentei o ISCSP, uma atitude dessa natureza iria provocar o caos na instituição. Espero que os actuais iscspianos os tenham no sítio o bastante para contrariarem esse palerma e defenderem o único colega com tomates para dizer o que outros maricas calaram.
ResponderEliminarVai uma apostinha?
EliminarEste governo é ilegítimo.
ResponderEliminarQuebrou o contrato que assumiu com base no qual o povo o elegeu.
Se alguém me pede para fazer um trabalho determinado, e eu faço o que muito bem entendo, fazendo pagar o meu cliente por algo que ele não pediu, estou a pessoalizar num micro universo a situação por que estamos a passar.
A prepotência desta gente rima na perfeição com incompetência, e quando de forma prepotente se impõe a incompetência está a ultrapassar-se o limiar do crime. Sendo o crime ´por definição ilegítimo, então os protagonistas dele são os agentes a ilegitimidade, e por isso ilegítimos.
Este governo é ilegítimo, pois não cumpre o essencial de qualquer governo: a defesa dos interesses do país. Não é defender o interesse do pais entregar EDP, empresa sob o controlo do Estado Português aos interesses de governos estrangeiros. Não é legítimo defender o valor de abstracções e com essa atitude levar as pessoas a morrer - agora, neste momento e ainda dizem que vai ser pior-, de cancro e de outras doenças as quais dizem "custam dinheiro a mais."
Toda esta atitude profundamente desumana dos governantes perante aquilo que é o fluxo de processos aos quais se chama o viver em comunidade, faz desta gente protagonistas ilegítimos e por isso perfeitamente passiveis de ser destituidos seja de que maneira for
Quando trago o camião de calhaus da serra da Estrela?
EliminarUm camião, menina???
ResponderEliminarE então não pode ser um transatlântico?????
Assim tipo, jangada de pedra???
Bastam seixos do rio. Os crânios com muito espaço livre ficam mais fáceis de amolgar.
ResponderEliminarTem lógica :O)
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