Perante as sucessivas declarações que ouvimos e lemos na imprensa falada e
escrita, somos levados a acreditar em coisas tão dispares quanto o teor das
declarações abaixo apresentadas, como se não tivéssemos memoria, como se o dia
de hoje fosse totalmente desenraizado do dia de ontem. Abebbe Selassie escreveu
textualmente:
Foram feitos progressos notáveis em Portugal nos últimos 18 meses no que
diz respeito a reformas estruturais e consolidação orçamental, com grandes sacrifícios
e determinação quer dos responsáveis políticos quer do povo português”, (Abebe Aemro Selassie em comunicado publicado no site do FMI.)
Dois dias antes declarara:
Mas se houver apenas austeridade, a economia não vai sobreviver. É
imperativo que tenhamos também reformas que melhorem a produtividade. Boa parte
do esforço do programa é nesse sentido. Resolver o problema da competitividade
simplesmente reduzindo os salários não vai resultar.
Quer dizer que as reformas vão no bom sentido ao aumentarmos o défice
enquanto destruímos a economia e PIB desce, que o Pais precisa de despachar
seja como for as suas empresas estratégicas para as mãos seja de quem for, de
continuar a limitar os rendimentos dos cidadãos, mas que essas vendas e
limitações não conduzem à solução desejada e desejável. (????)
Quer dizer que enquanto por um lado se enche as cabeças desempregadas com “casas
de segredos” e outros luminosos lixos, vem esse senhor
do FMI fazer acreditar, que levar as empresas
à falência pelo aumento criminoso de encargos não retributivos, ou seja sem
retorno- os impostos-, enquanto em simultâneo a pá de coveiro é potenciada pela
redução do poder de compra dos clientes, é o bom caminho, para logo a seguir
que o caminho não é esse… Será que o homem tem uma gaveta de minutas onde
apenas muda o nome da vítima, digo, dos Países a quem estão “ajudando”? Será
que tirou sem querer um papelinho por engano, e “ai porra, que o papel não era
esse, era para a Irlanda, e agora…?
Mas a epidemia das contradições ditas em tempo record de memória de peixinho
tem por cá bons representantes: Van Zeller, o responsável pela pasta da “privatização”
dos estaleiros de Viana do Castelo disse coisa semelhante sobre a força laboral
dessa estrutura:
….
Trabalhadores velhos,
desactualizados e enfeudados à violência sindical comunista…para logo de
seguida dizer que os estaleiros possuíam no seu histórico a produção continuada
dos melhores navios do mundo…
Quer
dizer, que os trabalhadores não prestam mas são capazes de fazer dos melhores
navios do mundo…
Quando a
de pérolas deste teor, juntamos outras
recentes como as declaradas na entrevista de Fernando Ulrich, em que ele afirma
por outras palavras que Victor Gaspar é a sorte de Portugal (Portugal tem muita sorte em ter um ministro
das Finanças com V.Gaspar), um
ministro que falhou em todas as suas previsões,
que aumentou a dívida enquanto em simultâneo fez disparar, pelas reformas de que o Etíope
fala, as falências e desemprego, sou levado a crer estar de facto perante duas
situações possíveis: ou estou a ter um pesadelo devido ao leitão com espumante
que há muito não provo e vou já despertar daqui a nada e tomar um “qualquer-coisa-Seltzer”
para a dor de cabeça, ou então… estamos a ser invadidos por alienígenas que de
noite nos vão chupar a parte da mioleira onde antigamente guardávamos as
memórias, para logo de seguir, com as declarações durante o dia, fazerem testes
sobre a inteligência, “ the next frontier
“. E esta última tese deve ser a mais provável. Há até gente que já nem memória
nem inteligência apresentam. Se virem uma vez que seja o telelixo “casa dos
segredos” concordarão comigo, tenho a certeza. Pelo sim pelo não, se nunca
viram, não vejam. Pode ser contagiante, tipo vírus que salta do ecrãn par o
cérebro onde lança as metáteses que transformam o miolo em serradura. Podem no
entanto, se aceitam uma sugestão, assistir às rábulas que aos Domingos, o “Estado
de Graça” emite sobre o tema. Uma verdadeira two in one: vacina com efeitos retrovirais poderosos.
Até lá…shui….
Cuidado…. pode ser que eles andem aí…..
Isto para não falar dos modelos de previsão económica que os governantes e seus acólitos usam... com palas de cabdedal nos olhos, como os burros e os cavalos!
ResponderEliminarMais burros do que cavalos, muito mais burros.
ResponderEliminarMas de tal forma burros que não são os tais "antes quero asno que me carregue do que cavalo que me derrube."
São mesmo burros-derruba-tudo--- :((((
Os burros são menos burros.
EliminarO burro é um animal em vias de extinção. Por favor não o ofendam mais...
EliminarEsta sub-espécie devia estar mesmo extinta.
EliminarSuplico as desculpas ao animal assinalado.
EliminarQuis a corruptela transformar a tenacidade, logo teimosia do animal, em vertente animista do culto à estupidez Humana que deriva da colagem da persistência em teimar no erro.
Sendo original a expressão: teimoso que nem um burro, passámos a dizer estúpido que nem um burro, ou ainda e simplesmente: burro....
Coitado do animal... apenas teimoso e burro quanto baste nesta teima em carregar vinho e beber água enquanto outros, inqualificáveis quando erram, vêem o mal que fazem por via dos erros cometidos e persistem no erro tomando logo de seguida o caminho que conduziu aos erros anteriores.
Burros? Não... não se pode chamar burros nem apenas erros: chama-se antes compulsividade criminosa...