Quando no passado me foram ofertadas fracções do presente, rejubilei. Momentos de rara formosura serão sempre as ocasiões em que um presente estrelado, luminoso e reluzente nos crepita no trilho. Transforma-se a ansiedade do meramente imaginável, em impaciência de viver, de chegar e acontecer, contudo sem pressa de concluir.
Desfrutar com mais de cinco sentidos aquilo que o livre arbítrio não quis desfigurar.
Semelhante a um conto erótico onde já conhecemos a chave de ouro e saboreamos avidamente, com fulgor e tacto, cada minuto de observação, com engenho de não apressar a chegada do epílogo.
Não dar por concluído e não espreitar o lado de trás da cortina que desvenda e aviva as cores do que em sépia já nos fora ilustrado.
Não destapar o corpo aveludado que na essência conhecemos, onde o nosso tacto já passeou de mãos dadas com o destino, mas completa-se quando deslumbramos os ulteriores detalhes que dão cor e vida à unidade... finita no Ser, infinita na Paixão.
Quando a fábula me ensinou o futuro, esse funesto capítulo onde, entre os demais, se situa o pérfido e escuro, ensinou-me também a aguardar serenamente o vislumbre do dia em que, havendo essa hipótese, o futuro se pode modificar.
Entrevi de seguida que por vezes, o livre arbítrio não tem local para trabalhar, fora despedido das funções que lhe dão nome, nada lhe resta senão erguer-se, retirar-se e aguardar... apenas aguardar.
Olha, ontem a Académica lixou-se com o livre arbítrio de não terem marcado um penalti contra o Porto :O(
ResponderEliminarAh, mas isso dos penalties contra o Porto é a singularidade das excepções estatíscas: Num determinado universo de jogos, os intervalos que definem o mínimo e máximo de ocorrências, constituem o espaço estatístico de todos os clubes, excepto para o Porto que tem um universo à parte, penso de que.....
ResponderEliminarVai-te lixar que neste caso não seria um penalti contra o Porto. Seria um penalti a favor da Académica!
ResponderEliminar... e lá voltamos ao Orquta e ao copo meio vazio ou meio cheio.
ResponderEliminarPronto, tava´cheio pró lado da Académica, mas o árbitro esvaziou-o para o Porto.
Contente???
hupssss opssss.... :S
ResponderEliminarqueria dizer Orquita....
Ainda bem. OrQuta fez-me lembrar cicuta...
ResponderEliminarOrQuta é um alter-ego interessante... Assim ali a dar para os Bórgias...
ResponderEliminarEntretanto, um chapéu para o texto filosófico-poético do Nuno.
Ainda que o meu livre-arbítrio seja animal irrequieto. Às vezes vejo-me aflito para lhe pôr trela...
O nosso livre arbítrio é sempre condicionado pela norma envolvente. Escolhemos, não dentro do leque de opções possíveis, mas sim dentro das que são possibilitadas pelos nossos envólucros de conforto, espartilhos sociais e/ou económicos.~
ResponderEliminarSempre que se rompe com a norma pode esperar-se três tipos de respostas possíveis. Se apenas chocar a norma, o isolamento que é sinónimo de rejeição. Se pelo contrário agitar desejos subliminares, altera a norma, é aceite e seguida e torna-se norma nova. Se criar prejuizos a atitude de rotura é passível de ser tratada como crime e por essa via punida.
o paradoxo surge quando se juntam as três respostas à rotura da norma e se faz a guerra.
"Make love not war", chegou a ser tratado como frase criminosa-
O livre arbítrio só deve ser encontrado no fim do arco-íris da Utopia. Só alguém como vocês o poderá encontrar.
ResponderEliminarJorge, é uma grande honra para mim ter-te a tirar um chapéu a um texto meu...
ResponderEliminarFico deveras lisonjeado com requintes de orgulho.
Bem hajas,
Nuno
Charlie...
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=dmkAuTQ8Sc4
:)))
Paulo,
ResponderEliminarA palavra Utopia, vem do grego "lugar que não existe".
Mas mesmo assim, creio que todos nós temos o "livre arbítrio" de fazer das nossas vidas e do que nos rodeia "lugares que não existem"...
:)))
É o que eu digo: vocês ainda lá chegam ;O)
ResponderEliminarNS ;)))))
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