Se há coisa que me comove é o amor.
(Tanto que já devo ter usado a frase anterior em vários posts)
Todos os tipos de amor, sim, mas sobretudo o amor entre seres humanos, porque o ser humano não é fácil de amar.
Somos egoístas e refilões e pouco condescendentes e cheiramos pior do que qualquer animal se não tomamos banho (desafio qualquer um a ficar um mês sem um duche, como os cães, ou a lavar-se com a língua, como os gatos - a expressão "cheiro a cão" tornar-se-ia obsoleta) e somos pouco transparentes e medrosos e invejosos e tantas coisas más que já estou a ficar deprimida.
Ainda assim, há sempre quem nos ame. Mesmo como os nossos defeitos, ou apesar deles, o que é absolutamente extraordinário, se nos dedicarmos a pensar seriamente no assunto. Há quem goste de coisas em nós que nem os próprios suportamos. E há por quem estejamos dispostos a dar a vida, se pudermos.
E isso é grandioso e, quanto a mim, muito maior do que a racionalidade que nos fartamos de apregoar (tantas vezes na sua ausência).
É esta infinita capacidade de amar (o trabalho, os bichos, um hobby mas, acima de tudo, os outros, sejam eles familiares, amigos ou amantes) que faz de nós humanos.
O amor é, por isso, algo de delicioso.
Como é deliciosa a canção de Maria Gadú que descobri este fim de semana. Sobre o amor. Um amor maior do que a vida, porque acompanha a morte.
Vale a pena ouvir a letra e assistir, com olhos de ver, ao teledisco (sim, sim, eu ainda digo "teledisco").
Ao pé de amores assim, tudo o resto nos parece comezinho. E menor.
O amor pode ser uma coisa muito linda...
ResponderEliminarO amor é sempre lindo...sempre, sempre... :)
ResponderEliminarEu digo, por vezes, nas minhas sessõezitas de poemas, que invejo o modo como os brasileiros tratam o português, no que toca à área dos afectos. Parece que lhe descobrem outros enlaces, outros volteios e, de modo mais desprendido que nós, portugueses, sabem amar melhor através das palavras.
ResponderEliminarEste parece-me um belo exemplo do que fica dito. E da transcendência do gostar-se de... sem peias, sem inibições maiores do que o pudor que apeteça. Enfim, gostar-se e saber anunciá-lo ao mundo que, por isso, rolará mais leve através do universo.
Os Portugueses são uns enconadinhos!
ResponderEliminarE ainda bem, porque se não fossem enconadinhos não tinham inventado os mestiços dos quais a Brasileirada é o tal expoente de que o Orca fala ( e que bem que fala).
ResponderEliminarA nossa diáspora foi cama por todo o mundo, foi semente e eles são a árvore. De grande que é, não o seriam sem a semente e essa, é a génese: que nunca a semente seja maior que a planta, mas que a contenha assim como todas as sementes que dela brotarem.
Ah, sim, claro, a mestiçagem é uma superior prova dos resultados formidáveis da nossa criatividade! :-)»
ResponderEliminarA chatice é este irmo-nos acinzentando... Parece que deixamos a força anímica quase toda do outro lado do Atlântico.
Mas que somos os grandes especialistas da fusão, ah que disso não restem dúvidas. E voltando ao cerne da questão e até porque estamos no Dia Internacional da Mulher - dizem... - que grandeza, também por aí, trouxemos ao mundo!
Vocês já viram os Bustos da República n'a funda São?
ResponderEliminarAh, Pátria do Catano!
AnAndrade,
ResponderEliminarGostei, tanto da música como do videoclip (tb se diz assim ou não?)!
Laura - Não posso agradecer em nome da Maria Gadú, que não conheço, mas ainda bem que gostou.
ResponderEliminarQuanto à nomenclatura, acho que sabemos ambas que é exactamente assim que se diz, não?! ;)
E se fosse videoagrafo?
ResponderEliminarSão,
ResponderEliminarE que achas de videogarfo?!! lol
Videomoladarroupa
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