maio 06, 2011

E eis que me pronuncio (finalmente) sobre o acordo ortográfico

Sou contra.
Tão contra como sou contra o preço dos bilhetes do cinema e dos Louboutins.
Tão contra como sou contra a temperatura das águas do Atlântico, na costa oeste de Portugal, sobretudo ao largo da Invicta.
Tão contra como sou contra o Luís Filipe Reis vender discos ou o José Castelo Branco existir.

A questão que se coloca é: valerá ser contra algo que é iminente e para que a minha opinião não vale um charuto? Pois. Há coisas que merecem o desgaste de energia; outras, porque constituem clara e prévia derrota, nem por isso.
É verdade que ainda não adoptei as novas regras (e só o farei quando o período de transição findar, no final do corrente ano), mas conheço-as (e ensino-as) porque creio ser perfeitamente disparatada a atitude (que oiço a gente que me merece todo o respeito) do quero-lá-saber-do-acordo-não-faço-tenções-de-o-seguir. Quem assim agir, a partir de Janeiro próximo, passa a dar erros ortográficos, quando pensa ser um arauto do bom português.

Vai daí, e para que não se continuem com os mitos de que facto passará a fato e que homicídio se escreverá sem "h", porque este é mudo (what???) que o acordo mexe no que quer que seja com a pontuação, fiquem-se com um site onde todas as dúvidas podem ser dissipadas.

11 comentários:

  1. Queim devi istar muinto contenti e açim, devi çser o Nelo, quei uma melhér cu iscreve çeim dar um únicu herru hortográphico

    ResponderEliminar
  2. Ai, Ana, com essa é que tu me lixas... Eu para aqui a ver se me esquecia do imposto ortográfico - atenção, que não é acordo nada... - e tu a lembrares obrigações...

    Até já pensei colocar uma tarja no Sete Mares a dizer qualquer coisa do estilo: este blog não aderiu ao imposto ortográfico.

    Ainda que, como dizes, recee bem que isso sirva de pouco.

    Mas parece que ainda anda para aí a circular um abaixo-assinado sério, pois há uma esperança vaga de reversibilidade... :-(»

    ResponderEliminar
  3. «receie», claro. Até me caem as vogais ao falar disto!

    ResponderEliminar
  4. Oh Jorge, já o assinei... Mas olha que não estou nada esperançada. Vai daí, até se me rangem os dentes quando faço passar os ditames do "imposto" (tens toda a razão!) e confesso que demoro mais tempo a dizer mal dele e dos disparates que constituem as regras opcionais ou as diferenças que subsistem entre Portugal e Brasil. Mas parece-me inevitável, pelo menos para mim, e no exercício da (minha) profissão, antes de mais.
    Espero não ter razão nenhuma!!! :)

    ResponderEliminar
  5. Charlie e São - u Nelo emvemtou u aqourdu!! (e ele que me perdoe se estou a dar erros, tenho de treinar...) :D

    ResponderEliminar
  6. Hana, eçtáz ápremder qon múinta fasselidàde.

    Charlie, muito boa essa do imposto.

    ResponderEliminar
  7. Ashu ca Anadrade, gaija, tá a ire muinto beim e açim...heheheehe

    ResponderEliminar
  8. O método pedagógico bastante activo da minha professora primária ainda está demasiado vivo na minha memória para eu pensar sequer em aderir ao Acordo Horto-gráfico.

    ResponderEliminar
  9. Foste aluno da avó do Cruijff?!

    ResponderEliminar