maio 28, 2011

Universos paralelos e multidimensionalidade

A ciência e a filosofia a partilhar e a complementar-se.

O fantástico mundo do conhecimento é um e uno, e há tanta beleza numa equação matemática perfeita como numa flor ou num simples poema de amor...


A descoberta do Taquião, uma partícula sem massa e que é mais veloz do que a luz, e para cuja explicação científica foi necessário criar modelos multidimensionais do universo, fez o mundo científico abrir-se finalmente para um campo que até há pouco estava reservado à metafísica, considerada pela grande maioria das pessoas, prioritariamente cientistas, como algo lateral, obtuso e pertencente ao intangível místico.

O recentemente inaugurado CERN – estrutura de testes subterrânea e gigantesca que ultrapassa os limites de três países Europeus e muito maior que o Fermilab Norte Americano, fez espoletar a descoberta quase diária de partículas subatómicas, completamente insuspeitas e todas elas obedecendo a regras não físicas, quânticas, que exigem presentemente modelos de universos não convencionais. O Taquião exige um universo multidimensional, bem longe dos três mais um, o tempo, que os nossos sentidos nos transmitem. A aventura do espírito e inteligência franqueada por Teodor Kaluza e Oscar Klein, e continuada por Einstein, conduziu todo o mundo científico na pesquisa do incalculavelmente pequeno e as suas bizarras leis, tão diferentes das que regem o lado oposto, o do incrivelmente grande. Durante décadas, teorias diversas, modelos matemáticos e novas suposições esbarravam contra as singularidades, erros que faziam cair as explicações até que Micheal Green acertou a fórmula que dá corpo à teoria das cordas vibratórias. No mesmo instante ele descobriu o Gravitão, partícula mínima vibratória que dá consistência ao que conhecemos como Gravidade. Numa única equação matemática, as leis Gravitacionais e as Quânticas encaixaram maravilhosamente, acertando-se de forma mútua, complementando-se quando antes estavam em oposição, desacreditando-se mutuamente. As cordas de energia vibratória formariam a essência de toda a matéria e aí a ciência encontra o que no Oriente se diz há milénios: somos apenas energia; a matéria é na verdade uma ilusão dos nossos sentidos, algo prático ao nível mundano da existência mas uma ilusão, uma capa sob a qual está a verdade.
A ciência e a filosofia a partilhar e a complementar-se, o fantástico mundo do conhecimento é um e uno, há tanta beleza numa equação matemática perfeita como numa flor ou num simples poema de amor...
Depois do átomo descoberto e subdividido em Quarks, a sucessiva divisão foi culminar num complexo e caótico micro universo das cordas vibratórias energéticas. A sua complexidade e comportamento caótico forma no entanto,  no seu conjunto, a harmonia do universo, que culminou com uma pequena porção dele mesmo, o Homem, ter descoberto esse milagre, e isso é só por si algo verdadeiramente maravilhoso e extraordinário.

A equação acertada por Micheal Green remeteu para o início do sec. XX e para o já citado Teodor Kaluza, um alemão considerado meio lunático e que foi o primeiro a sugerir a possibilidade de existirem mais dimensões e realidades para além daquilo que os nossos sentidos nos transmitem e, até, universos paralelos. A teoria das cordas vibratórias abre precisamente esse portal. No mundo do infinitamente pequeno, onde toda a matéria se resume a momentos vibratórios energéticos, o seu suporte é como se fosse uma rede multidimensional onde essas cordas se apoiam. Quando nos deslocamos, transmitimos na verdade o nosso universo interior energético através da rede, fazendo saltar os triliões de triliões de cordas vibratórias, de buraquinho de rede em buraquinho de rede. Essas redes, simples pontos do espaço, tão pequenos que não podem ser subdivididos, constituem por si dimensões extra.

Os cientistas descobriram fascinados que existem apenas vinte números, vinte constantes universais, que definem todas as forças energéticas que constituem o universo. Coisas como pesos dos elementos atómicos e as suas forças fortes e forças fracas, força da gravidade, força electromagnética etc, harmonizam-se em torno de constantes que cabem nesses vinte números. A simples alteração de um dos dados, destruiria o nosso universo...
A teoria das cordas, harmonizando tudo, não estava no entanto fechada e, nos últimos anos, cinco teorias das cordas diferentes, em desacordo umas com as outras, ameaçavam descredibilizar todo um edifício matemático onde elas se apoiavam. Surgiu então Ed Witten, um génio da estatura de Einstein, que de forma brilhante demonstrou serem as cinco teorias afinal apenas cinco pontos de vista diferentes, espelhos da mesma realidade. A unificação das cinco teorias recebeu o nome de Teoria-M.
A unificação das teorias das cordas energéticas vibratórias comprova a existência de 11 dimensões, que no nosso universo se harmonizam em torno das vinte equações numéricas atrás citadas.
No entanto, as vinte constantes sobre as quais o nosso universo assenta poderiam ser diferentes noutros sítios. Onde? Mesmo ao nosso lado, sem que disso dessemos conta. Todo o nosso universo poderia estar contido numa espécie de membrana - o suporte da “rede” microscópica onde as cordas vibratórias energéticas de situam - a coexistir com outras membranas mesmo ao lado onde, suportadas por outras constantes diferentes das nossas vinte, outras leis da física estariam a vigorar.
O estudo do magnetismo versus gravidade fez, no entanto, abrir caminho para uma constatação espantosa: todas as cordas energéticas estariam vinculadas à rede da membrana multidimensional, excepto as cordas gravitacionais: os Gravitons de perfil em corda vibratória fechada, que teriam a capacidade de distorcer o espaço, seriam capazes de saltar sem problema de uma dimensão para outra. Isto faz com que pelo menos um dado entre os vinte conhecidos seja constante: a Gravidade teria um padrão numérico constante em todos os universos paralelos!

A descoberta da possibilidade de universos paralelos a coexistir em suportes de membrana fez reformular a teoria do Big Bang. Na verdade, a compressão num único ponto de todo um universo conduz a becos sem saída sob o ponto de vista matemático. A partir de certo momento, todas as teorias colapsam, e nenhum modelo matemático os suporta. Assim, o Big Bang seria consequência da colisão entre membranas, rompendo a separação dimensional durante um infinitésimo temporal.

A energia libertada seria de tal forma tremenda que teria dado origem ao fenómeno que até há pouco tempo o mundo cientifico teria chamado de momento inicial, a criação do Universo, teoria posta agora em causa. Na verdade, Big Bangs poderiam ocorrer frequentemente entre os inúmeros universos paralalelos que connosco coexistem.
Se bem que todas as teorias possam ser postas em causa, a teoria das cordas vibratórias e dos universos paralelos é mais que fascinante, uma quase certeza a que o tempo dará a devida cobertura no campo do conhecimento efectivo.

6 comentários:

  1. Vais ter que me explicar isto enquanto desmanchamos um leitão...

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  2. Então linda menina, traz o Paulo, (não o das feiras, mas o outro, o de trás da Serra) que a gente depois fala.
    Mas para começar é assim:
    Vamos dividindo a matéria e subdividindo.
    Átomo, particulas atómicas: Electrões Neutrões, Protões. Dividindo mais chegamos a outras partículas, mas dividindo mais concluímos serem formadas por Quarks. Divdindo mais entramos no universo da energia pura que as forma, as tais "cordas vibratórias"
    Essas cordas vibratórias apoiam-se numa infraestrutura, uma espécie de rede que as organiza excepto as cordas vibratórias da gravidade. O que os cientístas descobriram, é de que nos microcosmos, as partículas responsáveis pela gravidade, tem distribuições desiguais e flutuantes, não sendo uma constante como se pensava e como de facto se verifica quando se está em presença de porções grandes de matéria. Essas flutuações derivam do facto dos Gravitões terem a capacidade de saltar entre universos paralelos, que matematicamente estão provados existirem. No CERN está-se a trabalhar precisamente no sentido de provar a evidência deste facto científico.

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  3. Onde é que tu aprendes estas coisas, carais?

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  4. Estas coisas? É uma doença chamada curiosidade compulsiva.... :(

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  5. Ah! Estava a ver que te esquecias de cumprimentar!

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