maio 07, 2012

Galp aposta no sector eléctrico...

... irá a EDP investir na distribuição de combustiveis ao domicílio ?

6 comentários:

  1. É claro que prevêem a tendência do aumento dos carros eléctricos. Não são ainda baratos nem tem autonomia para os longos cursoso, mas é sabido que tem um consumo extremamente baixo e não tem quase manutenção. Para 95% do uso automóvel que é feito dentro do perímetro úrbano é mesmo o meio de transporten idividual ideal.
    Na minha casa há uma motoreta eléctrica e é óptima para as pequenas deslocações dentro da cidade. O consumo é algo ridiculo comparado com os 10 euróis que ponho no carro dia sim dia não, cada carregamento não chega a 50 centimos...
    As soluções híbridas são uma tentativa de compromisso entre o urbano e o uso mais alargado, mas não creio virem a ter grande futuro. A tendência será mesmo 100% eléctrica e limitada ao uso normal do automóvel que raramente ultrapassa os 50 ou 60 km por dia. A fabricação dos carros eléctricos em grande escala vai ter impactes muito importantes quer sobre o preço final, abaixando-o, quer sobre o volume de consumíveis tradicionais, tais como combustíveis e óleos. Do lado da assistência ir-se á verificar uma deslocação das oficinas para o campo da electrónica industrial, a par da manutenção regular em pastilhas de travões, alinhamentos de direcção e alguma (pouca) manutenção no campo das substituições normais (pneus, rolamentos, avarias com luzes etc.)
    O aumento progressivo do parque eléctrico a nível mundial irá reflectir-se de forma dramática nas empresas petrolíferas, e a tendência será a do excesso de oferta no campo dos combustíveis o que irá fazer baixar os lucros das empresas do sector.
    A atitude da Galp é inteligente e previdente e vai na linha do que o anterior primeiro ministro encetou, demonstrando que Sócrates tinha razâo ao querer fazer com que Portugal fosse um dos primeiros países a ter um plano de mobilidade eléctrica. A atitude da Galp demonstra e confirma isso sem dúvida alguma. Sendo o primeiro "player" no campo da energia eléctrica neste sector, a Galp parte em posição de vantagem em relação a esta tomada de atitude que certamente será seguido por outras.

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    1. Mas olha que o custo de aquisição é proibitivo. Será só pelo custo das baterias?... E as baterias em fim de vida não provocarão graves dores de cabeça ambientais?...

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  2. Ainda é.
    O preço é elevado, pois ainda não se chegou nem de perto nem de longe à produção em massa nem à investigação alargada, Quão longe vão os tempos em que um PC de apenas 47 Megas de disco rígido custavam 1050 Contos!!! O escritório onde a minha irmã trabalhou e depois foi sócia, tinha um, e era uma raridade.
    A partir do momento em que a disseminação informática atingiu a massa crítica, disparou então em cheio a lei de Moore, e hoje qualquer Pendrive tem mais gigas do que a soma das memórias fixas dos computadores de grandes empresas de há trinta anos.
    No que toca ao problema ambiental, é necessário dizer que tudo é reciclável, basta que haja a "corrente comercial" nesse sentido. Ainda não se fizeram bem as contas, mas decerto que é mais ecológico andar a electricidade do que a combustíveis.
    Sabemos dos lobbies que agora vem prái a ladrar contra o custo das eólicas etc. Mas basta coloca-los diante desta evidência: o vento não nos custa um chavo e as ventoínhas lá estão dia e noite e assim que estiverem pagas são nossas. Pelo contrário, o petróleo importado tem de ser pago e a sua utilidade esgota-se no momento do seu consumo. O seu custo sofre as indexações e flutuações dos mercados e ocorrências politicas e além de mais e o mais importante NAÕ É RENOVÁVEL. Ou seja, ir-se á esgotar dentro de poucas décadas. Por isso, irá ser preciso mudar e assim, quanto antes melhor.!!!

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    1. Claro. Mas enquanto não for atingido um ponto de maturidade da tecnologia que permita tornar os carros eléctricos uma opção viável para o comprador, será difícil que estes carros... peguem :O)

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  3. É a tal coisa, a pescadinha de rabo na boca que é uma grande porcaria.
    O pontapé de saída para a grande expansão destas coisas acontece muitas vezes como consequência de algo dramático. Uma repentina guerra no Irão, pode fazer disparar o custo do crude e desencadear o nervosismo global que leva sempre ao assambarcamento e ao aumento dos preços.
    O cenário de guerra, naquele sítio do mundo, está muito próximo e já está inclusivamente a ser travado em lume brando. Os ensaios para desembarque de tropas, os bombardeamentos , etc já foram feitos ao largo da California, muito semelhante às costas do Irão no estreito de Ormuz,e, em cenários de fogo real.
    Com a previsível entrada em funcionamento da primeira central nuclear Iraniana para Junho ou Julho, tudo indica que esse país irá consequir obter o necessário material para a arma atómica. O clube restrito de possuidores dessa monstruosa arma não querem por nada que o equilibrio do terror se altere com um novo elemento a ditar as suas condições. Israel tem planos para ataques cirúrgicos e os EUA tem tudo a postos para o apoio a estes planos, (como se sabe,) se bem que digam o contrário.
    Por isso, os próximos meses podem trazer-nos um novo conflito, e desta vez muito mais grave que no Irak. O terreno é muito acidentado, as centrais são subterrâneas e o Irão tem uma tecnologia militar avançada.
    Todo este complexo xadrez é bem sabido pelos estrategas, não só políticos, mas também das grandes empresas. O petróleo, ao ser indispensável mas de horizonte finito, é uma fabulosa arma de chantagem, mas a sua repentina escassez motivada por questões politico-militares tem conduzido as empresas construtoras a acelerar os estudos nas alternativas energéticas. Uma situação de guerra prolongada, com o fecho do estreito de Ormuz de onde a maior parte do petróleo sai quer do Irão quer dos Emiratos etc, irá trazer as esperadas consequências no preço dos combustíveis.
    Essa situação terrível poderá ser no entanto o elemento crítico no sentido da massificação do transporte movido a energia alternativa e produzido a preço competitivo.

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