março 27, 2012

Considerações sobre o Acordo Ortográfico

.”NUM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4... 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RÇ0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0.
M45, EL4S C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1R4M D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 4 C0N57RU1R 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3´  F3170 D3 4R314..
Se conseguiu ler o texto, então é mais um que não teria qualquer problema em ler "directo" em vez do "direto" ou "excepção" em vez de " exceção", ou ainda " recepção" em vez de "receção"..etc etc...
Tentemos fazer o mesmo agora com Expecção e Eçecxão! Curioso, não é? E que tal a outra, Diercto e Derito ou Repceção e Reçãoce.
Este texto, muito mais do que uma mera curiosidade, expressa antes de mais o cerne de todo o qualquer argumento sério sobre o fenómeno da palavra escrita e as regras fundamentais, essencialmente psicológicas sobre as quais a grafia assenta. Muito se tem dito sobre o Acordo Ortográfico respeitante  `a língua Portuguesa. Os seus defensores agitam o discurso da inevitabilidade dando a entender que a "simplificação" levada a cabo foi a melhor forma de defender a sua universalidade, leia-se, a sua aceitação global dentro do universo Lusófono.
Poderia desfilar um ror de considerandos e argumentos a contradizer, mas bastam-me as seis linhas, seis simples e  singelas linhas seguintes, que decorrem do texto acima apresentado e que serve de cabeçalho  ao post, para arrasar esta enorme tolice a que se chama o AO90...:
"
De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a3 lteras d3t3rminant35 etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que anida s3 pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. "


Repitamos então: Não lemos cada letra isolada, mas a palavra como um todo, ou seja, não soletramos letra a letra, a não ser quando inicialmente a aprendemos. Depois formamos uma imagem mental da palavra a partir dos seus elementos determinantes onde todas as letras e até o seu comprimento  em número de letras importa. Um "p", um "h" ou um "c" não precisam de ser pronunciados para que mentalmente contextualizem as palavras onde elas estão inseridas e definam todo o universo que lhe estão ligadas.
Já cansam os argumentos e falácias prós e contras, se " de facto veio de gravata" ou se "de fato veio de gravata" ou se alguém "para para ler" ou se "pára para ler". De tão evidentes as simplificações apresentadas na verdade complicam e confundem além de que nenhum outro idioma diversificado nas suas diásporas teve de ser unificado por imposição, pela simples evidência que não se pode nem se deve reduzir e empobrecer o que pela pluralidade se enriquece.
Por isso, não sendo contra o simplificação decorrente da algumas propostas, sou radicalmente contra esta coisa inqualificável que entra já no campo, não da simplificação, mas da complicação cientificamente comprovada como os textos acima demonstram.




19 comentários:

  1. Não desfazendo, olha que este teu argumento serve para quem defende o Acordo Pornográfico: não interessa o que está ou deixa de estar lá pelo meio, que a gente entende...

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  2. Concordo com a essência da tua metáfora, estamos rodeados de caldinhos pornográficos e nada eróticos :({-<

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  3. Isso....
    Enquanto não se transformar tudo numa ganda caldêrada vebal, ou numa "ganji cauderada vrbar, como dizem nalgumas regiões do brasil, onde "os cara dji fora faram mar o potjugueis pá caramba" .., uma vez que se faz regra ortográfica da fonética em vez da sua raiz etimologica....

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  4. Eu taméim fico fadando açim cando me constipu....

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    1. Não digas nada que há mais de um mês que a tosse não me larga :O(

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    2. fónix...
      não vás ao médico (alergologista?) não...

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    3. Médicos. Medicamentos. "Muita fruta e muitos líquidos".
      "Se a causa da alergia forem as poeiras e pólens no ar, só com a chuva isso se resolve. Se for um produto (de limpeza, por exemplo, em casa ou na empresa) deve deixar de o usar".
      Soube ontem que há um mês que usam cá em casa um detergente para a roupa do Continente, com perfume de alfazema. Já foi para o lixo e a roupa toda lavada de novo. Vamos ver se é disso.

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    4. Toda a gente sabe que o Senhor Continente só faz bem a alguém por engano....

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    5. Brm... neste caso, pode não ser a causa...

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  5. Toda a gente sabe que o Senhor Continente só faz bem a alguém por engano....

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  6. E depois foi para o lixo...deverias era ter mandado uma amostra para analisar, que raio de "porquêra" é que lá metem no detergente para "aromatizar" a roupita que depois te enche de tosses

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    1. Não deitei fora. Tenho a caixa guardada. E tem dois detalhes «maravilhosos» na composição química:
      "Este produto tem os seguintes componentes, entre outros" (!!!!)
      "Perfume" (!!!!)

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    2. heheehehhe, imagina o negocião que estás a perder.
      Um produto que é nem mais nem menos o "trí éne uane" do Nelo...Deterjente, Sabuneti, melhér, e inda há borla e açim, um prafumi.... hihihi, este Belmiru ei uns mãus largas hihhii

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    3. Mas agora mais a sério, essa explanação dos compostos de que é feito esse produto, é ilegal como sabemos. Já lá vai o tempo da banha da cobra em cuja composição entravam :"remédios e segredos dos antigos".
      Segundo sei, todos os produtos devem conter a exacta composição quimica, desde a água mineral à cocacola etc.

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    4. É como dizes, Charlie. E eu vou dar seguimento ao caso. Para já, vou contactar o Continente e perguntar-lhes o que me têm a dizer sobre isto.

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