março 12, 2011

Governo à Rasca? Deixem de poupar a todo o custo!

300 mil manifestantes em Lisboa e 80 mil no Porto. É obra!
Um rapaz de caracóis louros diz para a televisão que quer que "o Estado caia". E entendo que o Shark fique à rasca.
Mas muitos outros sinais fazem-me pensar que, se eu estivesse no Governo (actual ou potencial, que já sabemos que isto é uma dança do «Vira» - "ora agora viras tu, ora agora viro eu, ora agora viras tu, viras tu mais eu") ficaria à rasca se não tivesse soluções concretas para corrigir o que tem vindo a ser feito pela porca da política. Não é preciso ter estudos para se saber o que acontece quando se poupa a todo o custo e, pior ainda, em vez de se dar o exemplo ainda se mantêm mordomias adquiridas. É fazer ao país o equivalente a chegar a uma empresa em dificuldades e começar a cortar a torto e direito nas despesas.
Por (de)formação, a frase que mais gostei de ouvir hoje foi esta:

"Economia é a tua tia"

20 comentários:

  1. Esses números são os fornecidos pelos próprios organizadores da coisa.
    Vamos aguardar os da polícia, só para termos a certeza e assim...

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  2. "Organização fala em 300 mil manifestantes em Lisboa, polícia aponta para 200 mil."
    E assim...

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  3. Tu é que não estás no Facebook. Poderias ver fotos dos Homens da Luta que dão bem a ideia da dimensão daquilo.

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  4. O Shark ainda credita nos números da polícia? lol
    Eu também acredito no Pai Natal ...

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  5. Nu Pai Natal? Não sei se quero ver...

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  6. Claro que não acredito nos números da polícia, acredito muito mais nos números de quem organizou a coisa, absolutamente isentos e imparciais...

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  7. Oh minha gente, e desde quando quantidade é qualidade? Estarei a virar céptica ou foi mesmo por vergonha que tive de mudar de canal, várias vezes, graças às entrevistas de rua?!
    A única coisa que continuo a aplaudir é a vontade de mudar. Mas isto não chega, caraças. Como não chegam 300 mil (ou quantos forem!) na rua!!

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  8. Shark, faz-lhes a média.
    Ana, estou curioso por saber quem se vai encavalitar nesta vaga.

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  9. Paulo - Eu satisfaço-te a curiosidade. Olha só um post acabadinho de ler no Livro das Caras: «Não consigo impedir-me de saudar o Partido Comunista Português, ao qual tantos milhares deram razão hoje, na "rua", sem que o Partido ou a Central Sindical mais próxima os convocasse! No dia 19, voltem a sair à "rua", sem preconceitos contra os "comunas" da CGTP-In, a quem deram razão hoje!»
    Não vou identificar o autor mas assumo que, tantos anos depois de entregar o "cartão de sócia" me irrita a conversa infinitas vezes repetida... Bah!

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  10. Mais valia terem estado 20 mil ou menos mas convictos do que estavam a fazer e a saberem para quê, AnAndrade.
    Depressa se transformariam no milhão que alguém algures ambicionou.

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  11. Paulo - Não tardaram, não, isto foi postado ao fim da tarde, eu é que só li agora. :)

    Shark - Justamente.

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  12. Lembro-me sempre de uma anedota que acabava com a frase "Eles não dão nada mas têm uma excelente organização".

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  13. E isso ninguém lhes tira... nem eles dão :O)

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  14. O Livro das Trombas não pára de me deixar fascinado----
    Like,like, like....
    (que em holandês quereria dizer, lambe,lambe,lambe, se fosse lik lik lik...)

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  15. Gostaria de propor aqui uma evidência, nesta matéria:
    - para o bem ou para o mal, acabamos por estar a falar de tomadas de posição individuais... ou não?
    Depois disso assumido, o que menos interessa é qualquer quantificação, mais ou menos «científica».

    Mas querem ouvir a minha, querem? Então lá vai e escusam de dizer que não querem: estive na manif dos professores que contabilizou 120.000 manifestantes, oficialmente. Ora aqui vos declaro, solenemente, que se essa teve 120.000 esta terá tido bem mais de 300.000!

    Mas se, afinal, só tivessem sido 100.000, numa população de 10 milhões, um milhão dos quais vive em redor de Lisboa... Vá lá meus amigos, há que dzer que esta merda teve uma pujança do caraças! Se calhar para nada, pois. Se calhar, só folclore, claro.

    Mas estou aqui a recordar-me de um poema de Brecht, cotejado já por muitos autores, e que talvez seja recomendável ler por estas alturas. Sabem, claro, de que poema estou a falar. É que, às duas por três, damos por nós sozinhos, sem ninguém que nos apoie.

    E, enfim, que fazer se não houver partidos fiáveis? Ou organizações credíveis? Vai a ver-se e está tudo enfeudado a qualquer coisa ou a qualquer interesse...

    Vamos ali, num instante, formar um partidozinho à maneira e só depois é que vamos gritar o que nos vai na alma?

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  16. OrQuita, não tenho dúvida, pelo que vi na televisão e em fotos, que havi amuito mais gente ontem do que na manifestação dos professores... que já por si foi bem imponente.

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  17. OrCa,
    Concorco em absoluto com o que dizes e sobretudo com a pergunta que deixas no ar! Quanto à "qualidade" do discurso daqueles que nela participaram não me parece que seja nem o mais importante para qualificar e menos ainda para determinar a escolha possível! Nenhum de nós percebe árabe (imagino eu) mas tb nenhum de nós duvidará por muito carente (de tudo) que seja (e certamente é)a formação intelectual dos milhares (ouso mesmo dizer) milhões que saíram para a rua na Tunísia, no Egipto e agora na Líbia da credibilidade da indignação que os levou e leva a protestar e até a pôr a vida em risco!! Ou duvida?! Ou a credibilidade vem do nível de miséria em que vivem os povos?!

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