Nunca fui à bola com o Sócrates, como por aqui se deve ter notado amiúde. Mas também já apurei, se grandes dúvidas tivesse, que não é com passos de coelho que lá me irão levar... Aqui fica um ilustríssimo exemplo, sem contraditório até à data, que me leva a comprovar - uma vez mais, pobres de nós... - que o centrão é a cloaca que se sabe.
CRESPO AO FRESCO, artigo assinado por Fernando Marta, em 25 de Março de 2012:
Mário Crespo, 64 anos, jornalista da SICN e colunista do Expresso, foi convidado por Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, para o lugar de correspondente da RTP em Washington, vago há seis meses. Deste modo, Crespo voltará a desempenhar as funções que exerceu entre 1992-98. O convite está a gerar forte turbulência na RTP, uma vez que a estação estava a organizar um concurso interno para preenchimento da vaga, de acordo com os critérios estatutários:
1) É dada primazia a jornalistas do quadro da RTP interessados em trabalhar no estrangeiro.
2) A direcção de informação selecciona os candidatos.
3) Um júri avalia.
4) A administração avaliza a escolha final.
1) É dada primazia a jornalistas do quadro da RTP interessados em trabalhar no estrangeiro.
2) A direcção de informação selecciona os candidatos.
3) Um júri avalia.
4) A administração avaliza a escolha final.
Crespo nem sequer é do quadro: foi despedido da RTP há doze anos. Chama-se a isto, em linguagem plano inclinado, dar o pote aos boys. Este assessor de Relvas é que os topa.
Lembram-se do que Mário Crespo disse do Governo de Sócrates? Do que ele afirmou sobre as perseguições, intimidações, censuras e tentativas de interferência do poder político no jornalismo? Da t-shirt que levou à Assembleia da República para denunciar as malévolas intenções governamentais? Pois bem: o ministro Miguel Relvas atropelou a administração e a direcção de informação da RTP e convidou Mário Crespo para correspondente da estação pública em Washington. A RTP, não sei se estão recordados, é aquela estação que estava para ser privatizada, perdão, reavaliada. Sobre o convite, Crespo, cândido e enternecido, declarou: «É um lugar que me honraria muito nesta fase da minha carreira e para o qual me sinto habilitado».
Curioso. Pensei que ia recusar com base numa alegada interferência do poder político no jornalismo, mas não!
E na RTP, já agora, ninguém se demite? Confesso: cada vez tenho mais respeito por algumas meretrizes.
Curioso. Pensei que ia recusar com base numa alegada interferência do poder político no jornalismo, mas não!
E na RTP, já agora, ninguém se demite? Confesso: cada vez tenho mais respeito por algumas meretrizes.
A coerência é uma palavra que custa muito mais praticar do que dizê-la.
ResponderEliminarCoerência????
ResponderEliminarEntão se o cão que mais ladrou às canelas do Sócrates foi o primeiro a dizer no dia da vitória nas eleições, que " agora já chegava de desassossego e que tinha chegado a hora de respeitar o voto do eleitorado"....
Quer-sezer, o que vale numa posição é inadmissivel e intolerável quando passam para a outra.
Mas o velho Socras continua a dar jeito. Desde a anedótica conversa ouvida por "mero acaso" pelo Crespo à mesa de um restaurante, e que serviu para o regabofe mediático alimentado a pazadas de carvão pelo agora nomeado pelo Relvas, até ao mais inacreditável artigo do Correio da Manhã, que há dias - imaginem!!!- teria enviado um emissário a Paris para "apanhar o Socras ao telefone a dar instruções ao Xoninhas Seguro" tudo vale quando se trata de aliviar a pressão sobre o Passos e os seus Superministros...
Uma corja dotada da mais despudorada sem-vergonha é do que se trata, e que nos trata como se fossemos acéfalos. Estou cada vez mais farto desta canalha!
E eu não?!
EliminarHá três.
ResponderEliminarE há agora pelo menos mais uma boa centena deles que iam meter os papeis para a reforma a quem o Passos cozinhou, à socapa, com o Songa-Monga do Gaspar uma jogada à falsa fé em que não permitem que usufretem aquilo que lhes pertence por direito, mesmo com penalizações....
EliminarSão tão espertos, não são?
EliminarUma esperteza saloia, e que me perdoem os habitantes da região circundante à Capital. Mas tal como disse num comentário anterior, é num registo tragico-cómico que a gente deve olhar para a dualidade de critérios num juizo em causa própria quando o Cavaco se encharnicou contra o Sócrates pela alegada " falta de lealdade institucional" e agora cozinha no vão de escadas e à escondidas de toda a gente, esta habilidade. Não sei é se lhe chamaria "falta de lealdade" ou antes uma filho de putice do caralho....
ResponderEliminarAmbas as respostas estão certas!
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