Texto recebido por e-mail, com algumas adaptações (incluindo a "tradução" do Português do Brasil, certamente o país de origem - que também não prima pelo exemplo nestes temas - de quem escreveu este texto):
Postemo-nos frente a um espelho e reflictamos…
"Reclama do Sócrates? Do Victor Constâncio, do Passos Coelho? Do António José Seguro, do Cavaco Silva? Do Mário Soares, do Dias Loureiro? Do Armando Vara? Do Paulo Portas? Do Isaltino Morais? Do Duarte Lima, do Jorge Coelho, do João Jardim? Do Joe Berardo, do Ministério Público? Da Ministra da Justiça? Dos Tribunais? do Procurador Geral da República, dos Autarcas do País? Do Teixeira dos Santos, do Vítor Gaspar? Da CGTP, da UGT? Da Maioria dos deputados no Parlamento? Da Comissão de Arbitragem, do Pinto da Costa, do Valentim Loureiro, ou de outro “canalha” qualquer?
O Português reclama de quê?!
O Português é assim:
Coloca o seu nome num trabalho que não fez.
Coloca o nome de um colega que faltou numa lista de presenças.
Paga para alguém fazer os seus trabalhos.
Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
Estaciona nos passeios, muitas vezes debaixo de placas de proibição.
Suborna ou tenta subornar quando é apanhado a cometer uma infracção.
Troca o seu voto por qualquer coisa: praia, futebol, visita ao shopping, passeio, cervejas, etc.
Fala ao telemóvel enquanto conduz.
Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o telemóvel dos amigos ("dá-me um toque que eu ligo-te") e assim o amigo não gasta nada.
Conduz pela direita e pelos passeios nos engarrafamentos.
Pára em filas duplas e triplas, em frente às escolas.
Viola a lei do silêncio.
Conduz bêbedo.
Fura filas nos bancos, nas repartições públicas, etc. etc. utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas ou mesmo sem se justificar.
Deita lixo nas ruas, nos passeios, nos jardins.
Usa atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
Usurpa luz, água e tv por cabo.
Regista imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
Compra recibos para abater na declaração das finanças, para pagar menos imposto.
Quando viaja em serviço pela empresa, se o almoço custou € 10, pede factura de € 20.
Comercializa objectos doados em campanhas de catástrofes ou para ajuda a mais necessitados.
Estaciona em espaços exclusivos para deficientes.
Adultera o conta-quilometros do carro para vendê-lo como se tivesse pouca rodagem.
Compra produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.
Diminui a idade do filho para que este não pague bilhete ou pague menos.
Leva das empresas onde trabalha pequenos objectos como clipes, envelopes, canetas, lápis... etc. etc. como se isso não fosse roubo.
Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
Quando regressa do estrangeiro, nunca diz a verdade quando o agente da Alfândega pergunta o que traz na bagagem.
Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve...
... e depois quer que os políticos sejam honestos!
Escandaliza-se com a corrupção dos políticos, o dinheiro dos cartões de credito, das despesas nas passagens aéreas e das estadias no estrangeiro...
O Português reclama de quê, afinal?
Então sugiro adoptarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
A mudança deve começar dentro de nós, das nossas casas, dos nossos valores, das nossas atitudes."
Uma caricatura de algo de infelizmente vai bastante mais além... bastante mais fundo... E o mais extraordinário é que toda a gente acha "normal"... Mas também convém notar que há excepções, embora, de certa forma, seja impossível viver no meio disto e de alguma maneira não participar. O que levanta outros problemas... como o da legitimidade da infracção.
ResponderEliminarVês? Vês? Os Portugueses deveriam ser auto-críticos, antes de criticarem os políticos.
EliminarBem mas isto é giro, pois ao apontar os defeitos de povos alheios, acaba por revelar bem , mas mesmo muito bem aquilo que caracteriza o povão de onde o autor destas linhas provém.
ResponderEliminarPois se há gente onde se aplica a 100 por cento todas a linhas acima apresentadas, é a malta la das terras de Vera Cruz.
Será um refinamento dos traços Lusos hipertofiados pelos cruzamentos genéticos? Assim uma espécie de melhoramento da Espécie, mas ao contrário: em vez de se somarem as coisinhas positivas, somaram-se as de sinal contrário, e assim aquela maltinha tem o pior dos Portugueses a juntar ao piorzinho daquilo que os seus genes antepassados traziam.
OK, OK, Charlie... mas o nosso povinho tem muito desta cultura.
EliminarÓ se tem :(((((
ResponderEliminarA verdade é que o verdadeiro artista portuga faz tudo aquilo e muito mais. E este artista faz o que lhe permitem, à tripa forra, fazer. Assim a modos que uma mão a esconder a outra e ambas a esconderem as «vergonhas».
ResponderEliminarAssim se cultiva o bilro da impunidade atrás da «teia dos interesses» partilhados.
Pois ajuda o sermos «pequenos». Pois ajuda o sermos todos aparentados uns com os outros...
Mas estas exactas características também deviam ajudar à corda de outras éticas, exatacmente por sermos pequenos. exactamente por sermos poucos, exactamente por sermos parentes.
Mas não...
Tenham pacieência, mas cá para mim a culpa vem sempre de cima. A maralha, depois, vai-se «safando».
A inversão desta lógica seria através de outro tipo de exemplos vindos de cima e da punição exemplar quando o interesse público fosse beliscado.
Mas não, outra vez... e etc.
Eu acho que o exemplo não pode vir só de cima. Também tem que ser "de lado". Ou seja, cada um de nós fazer tudo para que a falta de ética acabe. Sozinhos, é complicado... mas um molho de vime...
EliminarLembro-me dos inícios da minha actividade como micro empresário.
EliminarFui dos primeiros a ter escrita organizada, fazendo a transição dum modelo que era habitual e feito por "palpite das repartições de finanças" e que eu também tive, para um outro, com todos os papéis e facturas etc etc.
Levei uma castanhada em impostos que só visto.
Ao reclamar foi-me informado assim com boquinha pequena e com um sorriso maroto nos lábios do funcionário,: pois ...as contas estão certas, mas a gente sabe que vocês fogem sempre..... :((
Sei o que isso é. Já levei tantas rodas de burro por fazer as coisas de acordo com a lei...
EliminarAqui está o espelho da nossa vida
ResponderEliminarmas não se macem demasiado porque é tempo perdido
somos todos iguais
Temos que nos maçar.
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