Obviamente, que se fossemos respigar declarações de José Socrates antes de ser primeiro ministro, ou ainda mais para trás, Santana Lopes, Durão Barroso, Anténio Guterres, e... já chega, encontrariamos as mesmas ou parecidas coerências... E isso é o que mais doi!
... por muito que custe... esta foi a escolha da maioria dos portugueses. Para os que não se manifestaram: "quem cala consente". Aos que contribuíram activamente para este estado de coisas: que, também por uma questão de coerência, saibam viver com as suas escolhas. Aos inconscientes: "de boas intenções está o inferno cheio". Os restantes, uma pequeníssima minoria, hão-de saber o significado do que seja "viver-se em democracia", quer haja inteligência e coragem para a exercer, quer não.
... por absurdo, sou obrigada a reconhecer que este consegue ser ainda pior que o anterior, não que em algum momento se pusesse para mim a hipótese de optar por "um mal menor", ainda que a escolha possível pudesse recair sobre qualquer coisa cuja existência nem sequer faz sentido como partido político, do género "Partido dos Animais"... ou isso... O certo é que se houvesse muita gente a pensar como eu, tipos destes governariam no máximo o cabo de uma vassoura.
Por enquanto o "quem lá fica" é o resultado natural das determinações de "quem lá os põe". Enquanto as pessoas consentirem "isto", será "isto". Quando não consentirem, será "outra coisa". Mesmo que sucedesse "o vazio", seria sempre como estado de "reflexão" temporário. E, fora melhor, que para fazer melhor que isto faltasse gente...
... sucede que, até ver, lamentavelmente, esta escolha é genuína e, por certo, a que melhor representa a nação. Ou seja, só quando a maioria dos portugueses mudar (muito), poderemos ter outro tipo de governantes. Até lá, mesmo a passar fome, é nisto que a malta se revê, e é também este o modelo que adopta nas suas vidas pessoais, profissionais, etc...
Há que distinguir entre "medo" (receio natural induzido por um perigo efectivo), "inconsciência" (incapacidade para determinar onde esteja o perigo), e "cobardia" (incapacidade para enfrentar o perigo quando necessário).
O grande mas mesmo grande problema é o plano perverso do desmantelamento de um certo tipo de Estado que estes senhores estão produzir a toda a pressa. Este governo, se ainda ninguém reparou é hora de abrir os olhos, está a minar qualquer outra solução que venha de uma futura escolha em alternativas e projectos diferentes. À boleia da crise estão a ir muito naturalmente mais além dos ditâmes da Troika, pois o que eles querem na verdade não é para já uma solução para a crise mas antes a rápida substituição do Estado Social por um do tipo Norte Americano todo baseado para a posse de dinheiro e nada para um plafonamento mínimo dos direitos sociais e acesso igualitário a serviços tais como a saúde pública e ensino público com qualidade. Com a alienação de estruturas fundamentais do Estado, quem vier a seguir tem duas soluções: uma fazer o mesmo que estes estão a fazer que já se sabe é muito bom para os mega interessas e uma merda para o viver dos comuns mortais. A segunda hipótese é outra revolução e quando digo revolução é em todos os sentidos, com nacionalizações e uma muito dificil re implementação de um modelo diferente deste neoliberal e fascizante, que além de ser o que é, não corresponde aos anseios nem sequer dos que neles votaram, não estão a resolver qualquer problema e antes, estão a agravar todos os que herdamos dotempo do Socratísmo. Podemos dizer sem quaiquer rebuços nem problemas de consciência de que o que estes senhores estão a fazer é criminoso e lesivo dos nossos interesses a curto e a longo prazo e assim à luz disto é legitimo que sejam destituidos quanto antes, enquanto houver um bocadinho de Portugal que possa ser chamado de nosso.
Mesmo que assim seja, Charlie, bem ou mal, foi esta a escolha da maioria dos portugueses. A dita "alternância democrática", esta invenção nociva que faz o país balançar permanentemente entre um modelo mais socialista e um modelo mais liberal (vulgo rosa/laranja), com tudo o que isto implica e acarreta, não caiu ontem do céu aos trambolhões. Nem a pacífica coexistência com políticos desonestos, mentirosos, ladrões, incompetentes, etc.... Estaremos no pior de sempre. Por certo. Como seria de esperar, num caminho que é há muito descendente. A situação é crítica? É. Qual é a novidade? O último escrutínio foi muito importante para o futuro do país? Foi. Pode ter sido uma espécie de "última oportunidade"? Pode. E então? E agora? Choraremos todos muito sobre o leite derramado? Vamos nós "salvar Portugal" com as nossas facas da cozinha, quando Portugal inteiro não faz "puto" para sequer tentar salvar-se? Não. É também isto que significa "viver em democracia": ir ao fundo com a maioria. Ou então sair... mudar de país... Pela minha parte fiz o que estava ao meu alcance no momento próprio. A seguir... enquanto se estiver vivo, o que, por muita sorte que se tenha, nem sequer dura muito (muito menos neste ambiente), a vida continua... E mais: face ao cenário global que se avizinha, isto aqui ainda é uma brincadeira. Para mim estão definidas as prioridades. A partir daqui: sexo; arte; e natureza. Coelhos, só no estufado. E rezar para que não me aconteçam muitas destas, como ser torturada dezaseis meses no Sistema Nacional de Saúde e acabar na ponta da faca de um serial killer (literalmente), a quem tive por meus próprios meios, já em muito mau estado, que "rosnar" e impôr normas de forma a evitar que me enfiasse na morgue (senão não escapava)... pois... porque o "Governo" é na verdade só uma pequena parte de "um mundo ao contrário" feito de pessoas (muitas!!!) (Muitas!!!!!)
... já agora... não resisto a contar uma anedota, destas do dia-a-dia... Sexta-feira, dia 13... Resolvi participar num concurso internacional anónimo de fotografia. No prazo estipulado, cumpridas todas as normas de ocultação de identidade, com etiquetas de códigos numéricos e tal, lá me dirigi ao local indicado para entrega do envelope. Era dito no regulamento que mediante a entrega do concurso seria, a pedido, passado um recibo... A funcionária recolhe o envelope, e diz-me (tal e qual): "Preciso do primeiro e último nome do fotógrafo". Impaciente com a minha hesitação de boi a olhar para um palácio, acrescenta: "E é se quer levar o papel..."
Libelita Sãozinha. É esta coisa da treta, esta sociedade que é portugal, não o espaço territorial, mas as pessoas que formam Portugal, a massa humana. Mas façamo-nos de um bando de macacos e uma árvore do nosso país. Nesta árvore, onde todos os macacas se filho-de-putam uns aos outros, há os frutos de onde mais ou menos, mal ou bem, se vão alimentando. No círculo do agora mandas tu, mais logo manda o outro, todos filhos de puta, uma coisa os manteve unido, a árvore era deles. Poderiam trocar coisas da árvore deles com as coisas dos macacos de outras árvores. Poderiam ir até por vezes roubar coisas uns aos outros e aos macacos das outras árvores e passar pelas escaramuças sem consequência e normais entre macacos. Esses macacos podem estar a passar um período mau, pois a árvore, que é o seu país, não produz o suficiente para o que alguns macacos - os que mandam -querem só para eles restando pouco para os outros. Durante algum tempo os macacos das outras árvores deram-lhes algumas sobras mas agora já não querem dar mais, pois os que mandam nessas árvores instilam para os outros macacos, o receio de que os alimentos podem não chegar para eles. Então os macacos que estão a mandar na árvore que está em crise decidem trocar bocados daquilo que a sua árvore há-de produzir, pelos alimentos que no imediato lhes estão a faltar. Um ramo num dia, outro ramo noutro. Mais um bocado do tronco na semana seguinte. Os alimentos vêm ao rítmo das cedências das porções da sua árvore... Depois... podemos imaginar o cenário limite: quando jã não houver árvore para trocar por alimentos, os macacos ficam sem alimentos e sem árvore, pois os alimentos produzidos pela árvore que habitam já não lhes pertencem. É este cenário que espera o próximo mandante na árvore. Não terá outro poder que não seja á luz dos acordos, o rasgar destes e abrir o cenário de confronto, sempre mau como se pode já adiantar, pois de um lado, os macacos cederam os frutos a produzir pelos alimentos urgentemente necessitados e cumpriram neste ponto, por outro lado, os macacos sem outros recursos nem sequer os que lhes pertenciam por tradição, ficam sob a pressão da sobrevivência. É isto que somos, um bando de macacos a morar numa árvore que cada vez menos lhes pertence e não é dificil imaginar qual o próximo passo. Pois se o macaco Gasparelho pensa que os macacos das árvores ao lado lhes vão dar os frutos da árvore onde se senta mas que agora já não lhe pertence, pode esperar sentado.
Mesmo assim, Charlie. Por ruinoso, penoso, e absurdo que seja... e até perigoso... não nos resta alternativa senão viver e conviver com as determinações (conscientes ou não) da maioria da macacada. Chama-se a isto "democracia". E mesmo que no caso a forma prática do sistema seja amacacada (ou uma macacada), não deixa por isso de ser o sistema escolhido pela maioria e o adoptado no quotidiano pela generalidade dos macacos. O que não faz sentido é passar-se a vida a mudar de governo e continuar-se a bater na mesma tecla, a menos que se seja chimpanzé. Ou seja, não fosse isto uma macacada, e a malta toda, como fome ou não, estaria agora como deveria estar: muda, calada e quieta.
Não há nada a dizer. Está tudo certo. Que se saiba a contagem de votos não foi adulterada. Portanto... até ver, está tudo a funcionar. Correcto. Perfeitamente certo.
Boa malha Libelinha :) Apenas com uma pequena ressalva no que toca aos limites da democracia. Poderá a democracia tolerar soluções anti-democráticas? Lembre-mo-nos de Adolf Hitler, eleito democraticamente... E depois, ter procedimentos diferentes daqueles que constituíram os aliciantes para a eleição? Serão toleráveis? Minar ou comprometer - mesmo que eleitos - o futuro democrático, é tolerável? E até que ponto é legítimo que os mais votados entre uma minoria de votantes, se considerem representantes da vontade da maioria?
Meu querido Charlie, Hitler foi eleito, mas governou em ditadura. Não é o que por cá se passa. Além de que comparar Passos Coelho a Hitler, seria mais ou menos o mesmo que comparar uma formiga com um elefante, nem o número de patas é o mesmo. "Ter procedimentos diferentes daqueles que constituíram os aliciantes para a eleição", por cá, é prática corrente e nunca serviu de argumento à mudança de orientação do voto. Que alguém esteja a "minar ou a comprometer o futuro democrático" é a "tua opinião". Outros terão outras "opiniões". De resto, uma maioria que se demitiu por escolha das suas responsabilidades, só pode, como é evidente, ser legitimamente representada pela minoria que assumiu as suas. Se tu pensares bem, verás que não há argumentos para tanto banzé. Tudo está no lugar esperado. Quando houver motivo de preocupação... a gente preocupa-se. Até lá, se cada um se preocupar em subsistir com o máximo de dignidade, e de preferência com sentido de humor, às condições que existem... já é muito. "Penas têm as galinhas".
Ainda bem que gostas dessa práctica, São Rosas, de te esconderes atrás das cortinas enquanto as pessoas se vem nos comentários. Sabe bem esta lufada de ar fresco quase Arca de Noé, com formigas, elefantes, libelitas e tubarinhos... Pois... é ... Asinhas de Transparências...uma realidade,essa de que pouco adianta enervarmo-nos sem que desses nervos saiam consequências outras que não sejam as de que com os Prozac costumam ser tratadas. Mas se Passos é formiga, adianto-te que o é certamente com uma secreta mágoa, pois de boa vontade ele trocaria o excesso de patinhas pelas boas e paquidérmicas toneladas. hehehehe :DDDD Tem todos os tiques da sua companheira de cor partidária, a tal que suspenderia a democracia por uns seis meses para "pôr isto na ordem". E já deu alguns exemplos disso mesmo, ao fazer leis à socapa promulgadas pelo grão mestre do poço da sabedoria, o mesmo que fica completamente inteirado das actualidades noticiosas durante os cinco minutos que lhe leva a mastigar uma fatia de bolo-rei. Mas este padrão de "por na ordem" dispenso e podem ficar com a parte toda que me pertence. E depois, sim. Mina-se o futuro democrático ao alterarem-se as circunstâncias, o meio ambiente onde essa cultura se desenvolve. É sabido como se troca a liberdade por segurança, e como se troca o ser-se livre por um bocado de pão bolorento com água. Todas as medidas, que como eles mesmo dizem, vão muito além das exigências da Troika, são precisamente no sentido de condicionar as futuras opções democráticas, de limitar a livre escolha. De fazer calar os que exigem respeito pelas suas condições de homens. As medidas, muitas delas, tem como fim o subordinar da sociedade ao sentimento surdo e ominpresente do "é melhor estares calado, se queres ao menos- por muito mau que seja-, teres esse emprego". Numa sociedade onde cada vez há menos coisas que não estejam indexadas a um valor económico, não se é livre sem a posse de dinheiro, e cada vez mais as pessoas não tem outra escolha que não seja engolirem o paradoxo de prescindir da liberdade pelo dinheiro que os escraviza no limiar da sobrevivência. E quanto aos que não votam , tenho realmente "galinhas", não de penas por eles, mas mais pelas suas galináceas cabeças. Quem não vota, não passa a melhor mensagem e não tem direito a queixumes, pois do não votar se infere que qualquer solução governativa lhes é indiferente. O que sabemos não corresponder à verdade.... Podemos viver a nossa vidinha, o melhor que pudermos. Mas não podemos viver como uma ilha, fingindo sermos felizes quando à nossa volta vemos os sorrisos a murchar, restaurantes quase vazios e outros a fechar, miudos a abandonarem os seus sonhos e deixarem as faculdades por míngua dos recursos que o Estado retirou, um mesmo Estado, num País em desemprego falopante, que cada vez exige mais de onde há cada vez menos para tirar. E sim... espanta-me que seja tudo levado a cabo por um badameco qualquer...
Estão e enfiar o cabo até ao nó e só eles é que gozam... :( (não estou a falar contigo, Nelo!!!)
Mas regressando aos macacos. A Argentina tomou ontem de volta um ramo da árvore de frutos onde moram. Os macacos Espanhóis não gostaram mesmo nada. A guincharia só agora começou...
E depois.... a saga da Libelita... É cada vez mais assim, e dizem-nos que é a saúde é um luxo e que é preciso cortar-lhes as gorduras... Se calhar não é a gordura, mas as goelas de alguns que têm de levar um corte... E essa coisa do anónimo que depois já não é por causa do "tal papel"...xi que macacada....
Também já o tinha posto no Livro das Trombas.
ResponderEliminarUm mentiroso do caraças, :S(
Obviamente, que se fossemos respigar declarações de José Socrates antes de ser primeiro ministro, ou ainda mais para trás, Santana Lopes, Durão Barroso, Anténio Guterres, e... já chega, encontrariamos as mesmas ou parecidas coerências...
ResponderEliminarE isso é o que mais doi!
Claro...
EliminarTodos doem, mas convenhamos que este tem vindo a refinar a pontaria, porque agora dói mais que nunca....
ResponderEliminarE já agora, um agradecimento ao Orca que me pôs ao corrente desta pérola aqui publicada (e muito bem) , em post
ResponderEliminarPois... e um agradecimento meu a quem publicou em post :OP
EliminarObrigades Ção Rozas,melhér, qués a maish bela intre tõdas as fulôres,,, e açim...
ResponderEliminarQuem publicou em post fui eu, carais...
EliminarSim sim, obrigado, São ....conais
ResponderEliminar... por muito que custe... esta foi a escolha da maioria dos portugueses. Para os que não se manifestaram: "quem cala consente". Aos que contribuíram activamente para este estado de coisas: que, também por uma questão de coerência, saibam viver com as suas escolhas. Aos inconscientes: "de boas intenções está o inferno cheio". Os restantes, uma pequeníssima minoria, hão-de saber o significado do que seja "viver-se em democracia", quer haja inteligência e coragem para a exercer, quer não.
ResponderEliminarE não sobra ninguém...
Eliminar... por absurdo, sou obrigada a reconhecer que este consegue ser ainda pior que o anterior, não que em algum momento se pusesse para mim a hipótese de optar por "um mal menor", ainda que a escolha possível pudesse recair sobre qualquer coisa cuja existência nem sequer faz sentido como partido político, do género "Partido dos Animais"... ou isso... O certo é que se houvesse muita gente a pensar como eu, tipos destes governariam no máximo o cabo de uma vassoura.
EliminarO meu problema é sempre "mas quem lá pôr?!"
EliminarPor enquanto o "quem lá fica" é o resultado natural das determinações de "quem lá os põe". Enquanto as pessoas consentirem "isto", será "isto". Quando não consentirem, será "outra coisa". Mesmo que sucedesse "o vazio", seria sempre como estado de "reflexão" temporário. E, fora melhor, que para fazer melhor que isto faltasse gente...
Eliminar... sucede que, até ver, lamentavelmente, esta escolha é genuína e, por certo, a que melhor representa a nação. Ou seja, só quando a maioria dos portugueses mudar (muito), poderemos ter outro tipo de governantes. Até lá, mesmo a passar fome, é nisto que a malta se revê, e é também este o modelo que adopta nas suas vidas pessoais, profissionais, etc...
A malta tem medo do vazio... de ficar sem ar para respirar... quando seria, talvez, quando se respiraria melhor.
EliminarHá que distinguir entre "medo" (receio natural induzido por um perigo efectivo), "inconsciência" (incapacidade para determinar onde esteja o perigo), e "cobardia" (incapacidade para enfrentar o perigo quando necessário).
Eliminar... e apatia.
Eliminar... julgo que isso é uma forma de inconsciência.
EliminarLá isso é.
EliminarO grande mas mesmo grande problema é o plano perverso do desmantelamento de um certo tipo de Estado que estes senhores estão produzir a toda a pressa. Este governo, se ainda ninguém reparou é hora de abrir os olhos, está a minar qualquer outra solução que venha de uma futura escolha em alternativas e projectos diferentes.
EliminarÀ boleia da crise estão a ir muito naturalmente mais além dos ditâmes da Troika, pois o que eles querem na verdade não é para já uma solução para a crise mas antes a rápida substituição do Estado Social por um do tipo Norte Americano todo baseado para a posse de dinheiro e nada para um plafonamento mínimo dos direitos sociais e acesso igualitário a serviços tais como a saúde pública e ensino público com qualidade.
Com a alienação de estruturas fundamentais do Estado, quem vier a seguir tem duas soluções: uma fazer o mesmo que estes estão a fazer que já se sabe é muito bom para os mega interessas e uma merda para o viver dos comuns mortais. A segunda hipótese é outra revolução e quando digo revolução é em todos os sentidos, com nacionalizações e uma muito dificil re implementação de um modelo diferente deste neoliberal e fascizante, que além de ser o que é, não corresponde aos anseios nem sequer dos que neles votaram, não estão a resolver qualquer problema e antes, estão a agravar todos os que herdamos dotempo do Socratísmo.
Podemos dizer sem quaiquer rebuços nem problemas de consciência de que o que estes senhores estão a fazer é criminoso e lesivo dos nossos interesses a curto e a longo prazo e assim à luz disto é legitimo que sejam destituidos quanto antes, enquanto houver um bocadinho de Portugal que possa ser chamado de nosso.
Que é criminoso, disso não tenho dúvidas. Embora o aparelho judicial também mereça tanta confiança como o advogado de um ladrão.
EliminarMesmo que assim seja, Charlie, bem ou mal, foi esta a escolha da maioria dos portugueses. A dita "alternância democrática", esta invenção nociva que faz o país balançar permanentemente entre um modelo mais socialista e um modelo mais liberal (vulgo rosa/laranja), com tudo o que isto implica e acarreta, não caiu ontem do céu aos trambolhões. Nem a pacífica coexistência com políticos desonestos, mentirosos, ladrões, incompetentes, etc.... Estaremos no pior de sempre. Por certo. Como seria de esperar, num caminho que é há muito descendente. A situação é crítica? É. Qual é a novidade? O último escrutínio foi muito importante para o futuro do país? Foi. Pode ter sido uma espécie de "última oportunidade"? Pode. E então? E agora? Choraremos todos muito sobre o leite derramado? Vamos nós "salvar Portugal" com as nossas facas da cozinha, quando Portugal inteiro não faz "puto" para sequer tentar salvar-se? Não. É também isto que significa "viver em democracia": ir ao fundo com a maioria. Ou então sair... mudar de país... Pela minha parte fiz o que estava ao meu alcance no momento próprio. A seguir... enquanto se estiver vivo, o que, por muita sorte que se tenha, nem sequer dura muito (muito menos neste ambiente), a vida continua... E mais: face ao cenário global que se avizinha, isto aqui ainda é uma brincadeira. Para mim estão definidas as prioridades. A partir daqui: sexo; arte; e natureza. Coelhos, só no estufado. E rezar para que não me aconteçam muitas destas, como ser torturada dezaseis meses no Sistema Nacional de Saúde e acabar na ponta da faca de um serial killer (literalmente), a quem tive por meus próprios meios, já em muito mau estado, que "rosnar" e impôr normas de forma a evitar que me enfiasse na morgue (senão não escapava)... pois... porque o "Governo" é na verdade só uma pequena parte de "um mundo ao contrário" feito de pessoas (muitas!!!) (Muitas!!!!!)
Eliminar... já agora... não resisto a contar uma anedota, destas do dia-a-dia... Sexta-feira, dia 13... Resolvi participar num concurso internacional anónimo de fotografia. No prazo estipulado, cumpridas todas as normas de ocultação de identidade, com etiquetas de códigos numéricos e tal, lá me dirigi ao local indicado para entrega do envelope. Era dito no regulamento que mediante a entrega do concurso seria, a pedido, passado um recibo... A funcionária recolhe o envelope, e diz-me (tal e qual): "Preciso do primeiro e último nome do fotógrafo". Impaciente com a minha hesitação de boi a olhar para um palácio, acrescenta: "E é se quer levar o papel..."
EliminarGenial :O)
EliminarE, sobre o país que temos e os Portugueses, tinha um post para publicar mais tarde (um e-mail que recebi) mas publico já hoje.
Libelita Sãozinha.
ResponderEliminarÉ esta coisa da treta, esta sociedade que é portugal, não o espaço territorial, mas as pessoas que formam Portugal, a massa humana. Mas façamo-nos de um bando de macacos e uma árvore do nosso país. Nesta árvore, onde todos os macacas se filho-de-putam uns aos outros, há os frutos de onde mais ou menos, mal ou bem, se vão alimentando. No círculo do agora mandas tu, mais logo manda o outro, todos filhos de puta, uma coisa os manteve unido, a árvore era deles. Poderiam trocar coisas da árvore deles com as coisas dos macacos de outras árvores. Poderiam ir até por vezes roubar coisas uns aos outros e aos macacos das outras árvores e passar pelas escaramuças sem consequência e normais entre macacos.
Esses macacos podem estar a passar um período mau, pois a árvore, que é o seu país, não produz o suficiente para o que alguns macacos - os que mandam -querem só para eles restando pouco para os outros. Durante algum tempo os macacos das outras árvores deram-lhes algumas sobras mas agora já não querem dar mais, pois os que mandam nessas árvores instilam para os outros macacos, o receio de que os alimentos podem não chegar para eles.
Então os macacos que estão a mandar na árvore que está em crise decidem trocar bocados daquilo que a sua árvore há-de produzir, pelos alimentos que no imediato lhes estão a faltar. Um ramo num dia, outro ramo noutro. Mais um bocado do tronco na semana seguinte. Os alimentos vêm ao rítmo das cedências das porções da sua árvore...
Depois... podemos imaginar o cenário limite: quando jã não houver árvore para trocar por alimentos, os macacos ficam sem alimentos e sem árvore, pois os alimentos produzidos pela árvore que habitam já não lhes pertencem.
É este cenário que espera o próximo mandante na árvore. Não terá outro poder que não seja á luz dos acordos, o rasgar destes e abrir o cenário de confronto, sempre mau como se pode já adiantar, pois de um lado, os macacos cederam os frutos a produzir pelos alimentos urgentemente necessitados e cumpriram neste ponto, por outro lado, os macacos sem outros recursos nem sequer os que lhes pertenciam por tradição, ficam sob a pressão da sobrevivência.
É isto que somos, um bando de macacos a morar numa árvore que cada vez menos lhes pertence e não é dificil imaginar qual o próximo passo.
Pois se o macaco Gasparelho pensa que os macacos das árvores ao lado lhes vão dar os frutos da árvore onde se senta mas que agora já não lhe pertence, pode esperar sentado.
Mesmo assim, Charlie. Por ruinoso, penoso, e absurdo que seja... e até perigoso... não nos resta alternativa senão viver e conviver com as determinações (conscientes ou não) da maioria da macacada. Chama-se a isto "democracia". E mesmo que no caso a forma prática do sistema seja amacacada (ou uma macacada), não deixa por isso de ser o sistema escolhido pela maioria e o adoptado no quotidiano pela generalidade dos macacos. O que não faz sentido é passar-se a vida a mudar de governo e continuar-se a bater na mesma tecla, a menos que se seja chimpanzé. Ou seja, não fosse isto uma macacada, e a malta toda, como fome ou não, estaria agora como deveria estar: muda, calada e quieta.
EliminarNão há nada a dizer. Está tudo certo. Que se saiba a contagem de votos não foi adulterada. Portanto... até ver, está tudo a funcionar. Correcto. Perfeitamente certo.
EliminarBoa malha Libelinha :)
EliminarApenas com uma pequena ressalva no que toca aos limites da democracia.
Poderá a democracia tolerar soluções anti-democráticas?
Lembre-mo-nos de Adolf Hitler, eleito democraticamente...
E depois, ter procedimentos diferentes daqueles que constituíram os aliciantes para a eleição? Serão toleráveis?
Minar ou comprometer - mesmo que eleitos - o futuro democrático, é tolerável?
E até que ponto é legítimo que os mais votados entre uma minoria de votantes, se considerem representantes da vontade da maioria?
Meu querido Charlie,
EliminarHitler foi eleito, mas governou em ditadura. Não é o que por cá se passa. Além de que comparar Passos Coelho a Hitler, seria mais ou menos o mesmo que comparar uma formiga com um elefante, nem o número de patas é o mesmo. "Ter procedimentos diferentes daqueles que constituíram os aliciantes para a eleição", por cá, é prática corrente e nunca serviu de argumento à mudança de orientação do voto. Que alguém esteja a "minar ou a comprometer o futuro democrático" é a "tua opinião". Outros terão outras "opiniões". De resto, uma maioria que se demitiu por escolha das suas responsabilidades, só pode, como é evidente, ser legitimamente representada pela minoria que assumiu as suas. Se tu pensares bem, verás que não há argumentos para tanto banzé. Tudo está no lugar esperado. Quando houver motivo de preocupação... a gente preocupa-se. Até lá, se cada um se preocupar em subsistir com o máximo de dignidade, e de preferência com sentido de humor, às condições que existem... já é muito. "Penas têm as galinhas".
(Nem sequer temos o gosto de ser destruídos por um tipo perigoso!! É mesmo por um badameco qualquer!! Que chatice!!!)
EliminarGosto tanto de vos ver... digo, ler por aqui.
EliminarAinda bem que gostas dessa práctica, São Rosas, de te esconderes atrás das cortinas enquanto as pessoas se vem nos comentários.
EliminarSabe bem esta lufada de ar fresco quase Arca de Noé, com formigas, elefantes, libelitas e tubarinhos...
Pois... é ... Asinhas de Transparências...uma realidade,essa de que pouco adianta enervarmo-nos sem que desses nervos saiam consequências outras que não sejam as de que com os Prozac costumam ser tratadas.
Mas se Passos é formiga, adianto-te que o é certamente com uma secreta mágoa, pois de boa vontade ele trocaria o excesso de patinhas pelas boas e paquidérmicas toneladas. hehehehe :DDDD
Tem todos os tiques da sua companheira de cor partidária, a tal que suspenderia a democracia por uns seis meses para "pôr isto na ordem". E já deu alguns exemplos disso mesmo, ao fazer leis à socapa promulgadas pelo grão mestre do poço da sabedoria, o mesmo que fica completamente inteirado das actualidades noticiosas durante os cinco minutos que lhe leva a mastigar uma fatia de bolo-rei.
Mas este padrão de "por na ordem" dispenso e podem ficar com a parte toda que me pertence.
E depois, sim. Mina-se o futuro democrático ao alterarem-se as circunstâncias, o meio ambiente onde essa cultura se desenvolve. É sabido como se troca a liberdade por segurança, e como se troca o ser-se livre por um bocado de pão bolorento com água. Todas as medidas, que como eles mesmo dizem, vão muito além das exigências da Troika, são precisamente no sentido de condicionar as futuras opções democráticas, de limitar a livre escolha. De fazer calar os que exigem respeito pelas suas condições de homens. As medidas, muitas delas, tem como fim o subordinar da sociedade ao sentimento surdo e ominpresente do "é melhor estares calado, se queres ao menos- por muito mau que seja-, teres esse emprego".
Numa sociedade onde cada vez há menos coisas que não estejam indexadas a um valor económico, não se é livre sem a posse de dinheiro, e cada vez mais as pessoas não tem outra escolha que não seja engolirem o paradoxo de prescindir da liberdade pelo dinheiro que os escraviza no limiar da sobrevivência.
E quanto aos que não votam , tenho realmente "galinhas", não de penas por eles, mas mais pelas suas galináceas cabeças. Quem não vota, não passa a melhor mensagem e não tem direito a queixumes, pois do não votar se infere que qualquer solução governativa lhes é indiferente. O que sabemos não corresponder à verdade....
Podemos viver a nossa vidinha, o melhor que pudermos. Mas não podemos viver como uma ilha, fingindo sermos felizes quando à nossa volta vemos os sorrisos a murchar, restaurantes quase vazios e outros a fechar, miudos a abandonarem os seus sonhos e deixarem as faculdades por míngua dos recursos que o Estado retirou, um mesmo Estado, num País em desemprego falopante, que cada vez exige mais de onde há cada vez menos para tirar.
E sim... espanta-me que seja tudo levado a cabo por um badameco qualquer...
E onde estão a levar (enfiar) esse cabo...
EliminarEstão e enfiar o cabo até ao nó e só eles é que gozam... :(
Eliminar(não estou a falar contigo, Nelo!!!)
Mas regressando aos macacos. A Argentina tomou ontem de volta um ramo da árvore de frutos onde moram. Os macacos Espanhóis não gostaram mesmo nada. A guincharia só agora começou...
E os macacos espanhóis estão a ver os macacos da troika a aproximarem-se de su árbol, coño...
Eliminarcoño, lol que está a chegar o fim da macacada....
EliminarE depois.... a saga da Libelita...
ResponderEliminarÉ cada vez mais assim, e dizem-nos que é a saúde é um luxo e que é preciso cortar-lhes as gorduras...
Se calhar não é a gordura, mas as goelas de alguns que têm de levar um corte...
E essa coisa do anónimo que depois já não é por causa do "tal papel"...xi que macacada....