Isto não querendo levantar falsos testemunhos
ou assim, mas exactamente quem tem por responsabilidade aferir da sanidade
mental de um Presidente da República, por exemplo?
Ou seja, a quem compete declarar incapaz um
Presidente que aparente, pela pose e pelo discurso, estar meio xoné?
A questão parece de somenos importância, mas
se tivermos em conta a forte possibilidade de isso um dia (ontem?) acontecer no
nosso país não vamos querer que a faca e o queijo da destituição estejam nas mãos
de alguém cujo emprego dependa directamente da manutenção de um maluco no
poder.
Pois não?
Esta é forte... mas bem pertinente.
ResponderEliminarAqui se expõe com toda a crueza os limites e perigos das democracias e a legitimidade ou não de um derrube das figuras eleitas democraticamente. O mandato conferido pelo escrutínio universal tem em si a virtude da limitação temporal: todos nós temos um prazo de garantia, e convenhamos que governar é sem dúvida desgastante. Mas se o tempo de governação estabelece no tempo essa limitação, nada diz sobre algo que é muito mais grave que se condensa, sem eufemismos, numa palavra da mesma crueza de que o texto do Tubarão transparece: a mentira.
ResponderEliminarPois se alguém é eleito com base numa programação, numa perspectiva e depois nada cumpre, então deveria haver à partida toda a legitimidade para o derrube dos dirigentes assim eleitos e ainda, a sua responsabilização. Só assim se cumpriria de facto esta coisa que consiste em dar o poder ao Povo que se esgota quase inutilmente no momento da entrega do papelito cagado, digo, dobrado, para os interiores da urna. Só este nome, urna, remete significativamente para a morte, o esvaziar da força vital. E sentimos, acho que todos, que esta democracia, sem ser a palhaçada do tempo do Salazar, é cada vez mais o perfazer de uma rotina sem verdadeiro significado final. Acabam sempre por mandar os mesmos, contando as mesmas mentiras, e governando sucessivamente de mal a pior. É oportuno relembrar o "triunfo dos porcos" todos os animais são iguais, mas há uns mais iguais do que outros.
E estes são tão iguais...
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