abril 26, 2012

Esperemos que não seja da competência do cônjuge...


Isto não querendo levantar falsos testemunhos ou assim, mas exactamente quem tem por responsabilidade aferir da sanidade mental de um Presidente da República, por exemplo?
Ou seja, a quem compete declarar incapaz um Presidente que aparente, pela pose e pelo discurso, estar meio xoné?
A questão parece de somenos importância, mas se tivermos em conta a forte possibilidade de isso um dia (ontem?) acontecer no nosso país não vamos querer que a faca e o queijo da destituição estejam nas mãos de alguém cujo emprego dependa directamente da manutenção de um maluco no poder.

Pois não?

3 comentários:

  1. Esta é forte... mas bem pertinente.

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  2. Aqui se expõe com toda a crueza os limites e perigos das democracias e a legitimidade ou não de um derrube das figuras eleitas democraticamente. O mandato conferido pelo escrutínio universal tem em si a virtude da limitação temporal: todos nós temos um prazo de garantia, e convenhamos que governar é sem dúvida desgastante. Mas se o tempo de governação estabelece no tempo essa limitação, nada diz sobre algo que é muito mais grave que se condensa, sem eufemismos, numa palavra da mesma crueza de que o texto do Tubarão transparece: a mentira.
    Pois se alguém é eleito com base numa programação, numa perspectiva e depois nada cumpre, então deveria haver à partida toda a legitimidade para o derrube dos dirigentes assim eleitos e ainda, a sua responsabilização. Só assim se cumpriria de facto esta coisa que consiste em dar o poder ao Povo que se esgota quase inutilmente no momento da entrega do papelito cagado, digo, dobrado, para os interiores da urna. Só este nome, urna, remete significativamente para a morte, o esvaziar da força vital. E sentimos, acho que todos, que esta democracia, sem ser a palhaçada do tempo do Salazar, é cada vez mais o perfazer de uma rotina sem verdadeiro significado final. Acabam sempre por mandar os mesmos, contando as mesmas mentiras, e governando sucessivamente de mal a pior. É oportuno relembrar o "triunfo dos porcos" todos os animais são iguais, mas há uns mais iguais do que outros.

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