outubro 26, 2012

O extermínio dos sem futuro


Ontem, alguém partilhou na página do Nuno Markl, no Facebook, a pérola acima, encontrada no Jornal de Matosinhos. E, se me agrada a tese, propugno sobretudo pelo argumento que lhe subjaz: quem não tem futuro garantido não merece ser alimentado.
Sim senhor. Da maneira que isto está, e se a coisa chega aos ouvidos de quem pode, ainda nos cortam a todos (animais, quadrúpedes e bípedes, que a queda do nível de vida não olha a quantas patas temos no chão) na ração, porque isto de futuro não está grande coisa.

(E uma chapada bem dada no focinho do iluminado que escreveu semelhante e no editor que o admitiu também não era mal pensado, que há coisas que não vão lá de outra forma.)

6 comentários:

  1. Que coisa vergonhosa.
    Nem sei fazer outro comentário aos quadrupedes que pensam assim.......

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  2. Mas olha que, aplicado aos políticos, resolveria uma série de problemas...

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  3. O caso dos cães é complexo e facilmente sujeito a interpretações demagógicas.
    Estes animais, que agora devido à crise cada vez mais aparecem abandonados, são na verdade resultado de milhares de anos de convivência com o homem. Desde os tempos primitivos em que eles seguiam os bandos e as tribos de hominídeos na esperança das sobras de caça, e a pouco e pouco eles foram-se integrando no convívio com estes. O resultante foi uma progressiva descaracterização dos comportamentos selvagens e que deu origem a um misto híbrido entre instintos e comportamentos subordinados ao virtual chefe de matilha, o homem, o qual não sendo cão, se sobrepõe ao animal de estimação. Os cruzamentos entre as centenas de espécies produziu inúmeras sub espécies se e muitas delas apresentam de facto uma total inadaptação ao regresso da vida primitiva dos seus antepassados, outros uma vez em liberdade (forçada, passe o paradoxo) são um perigo para a segurança e saúdes públicas. Os instintos de sobrevivência misturados com a perda de receio ao Homem ancestral que os outros animais selvagens demonstram, dão como resultado as tragédias de que se conhecem apenas alguns casos mas que são às centenas todos os anos. Em algumas raças de cães apuraram-se características de ferocidade e de tenacidade e não quero especular sobre o potencial de um Doberman ou um Pitbull abandonado algures e que passado dois ou três dias de fome se vê perante algo ou alguém que lhe pode perfeitamente fornecer uma refeição.
    Não sou pelo abate puro e simples dos animais. Sou sim pela responsabilização total e global: nós enquanto homens "fizemos" os cães. Eles não são mais os lobos e as raposas e hienas e todos as espécies intermédias e extintas que deram origem ao nosso animal de estimação preferido. São um produto da civilização humana e por isso mesmo de nossa responsabilidade, a começar por quem assumiu para com eles uma responsabilidade quando em cachorrinhos os adquiriu.

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    1. Tu tens o dom (deve ser da varinha) de complicar o que não é simples :O)

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    2. Deve ser, (tal como an coisa da varinha) uma espécie de doença....

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