outubro 17, 2012

reflexão anti-crise... ou por causa dela.

E se, de repente, ó Gaspar, nos deixássemos todos de fosquinhas e, em 2013, ninguém entregasse as declarações do IRS?  - Isto se for aprovado o teu orçamento contra os canhões, claro.

Assim c’umàssim, quando tínhamos algum a receber de volta, ainda valia a pena. Agora, se é só para pagar, fazemos nada mais nada menos como todos aqueles que têm visto as suas obrigações fiscais prescritas, a bem das suas bolsas e sem qualquer espécie de crise.. Tipo, ladrão que rouba a ladrão.

Assim, ‘tás a ver, a modos que a rotura do contrato social, do lado do cidadão, que tu vens rompendo com toda a gente desde que tomaste posse e ainda só passou um anito e meio.

10 comentários:

  1. Eu até tinha pensado noutra coisa (mas sou eu, que sou um sonhador): as empresas recusarem-se a descontar o IRS aos trabalhadores, pagando-lhes o valor sem esse roub... desconto.

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  2. Respostas
    1. Wolfqualquercoisa17 outubro, 2012 15:12

      Só se for o das Caves!

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    2. Com vinhos da Cave Messias
      De pouca luz precisarias.

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    3. Com qualquer vinho da Bairrada
      a EDP não é precisa para nada

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    4. Uma boa Bairrada em barraca d'Falcão
      Com dose dobrada;
      salpicão e broa,
      Venham e tragam
      mais vinho e pão
      morcela e paio,
      e chouriça da boa,

      Vereis, cum milhão,
      - e meio- vos digo
      que o barraco sem luz
      nem televisão
      acende-se de chamas
      no convivio amigo
      e mais num digo,
      cum meio milhão!

      E é encher do pipo,
      os copos de verdasco
      que nasce nas bouças
      já desde o Antigo
      Aqui na Penha fica
      o melhor tasco
      Do Falcão, cum catano,
      neste barraco cumigo.

      É beber e comer,
      e em santo cunvívio.
      Podemos ainda
      acender mais a luz
      Se for ali abaixo,
      à Rua do Alivio
      dar uso à gaita,
      em cambalho d' catrapuz.

      A tudo isto vos convido
      mas em berdade bos digo
      que inda melhor,
      sou egoista
      ca filha do Toino
      no meu sofá
      num preciso de luz
      que encha a vista

      É só farfalho,
      cumu um home aprova
      E cum este fogo,
      que mesmo ardido
      arde cum caralho,
      em cem chamas novas
      quande depois da queima,
      a teta é do pipo.

      Fica assim pendurada
      a velha questão,
      pergunta, ou coisa
      da qual eu duvido:
      Para que quero eu
      a EDP ou televisão
      se o no meu barraco
      há a luz de que preciso?


      Manuel Falcao, rei das Bouças.

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  3. Pode ser, Paulo, atão não houvera de poder? Nem Deus nem Pátria, só os cães têm dono... Sei lá... Estes gajos acham que têm poder para tudo - que isso da legitimidade é coisa mais duvidosa... Vai daí, a malta defende-se, que é superior apanágio dos tugas, sempre capazes do «desarrinscanço» mais estrambólico. Está-nos na massa do sangue. Não somos é capazes de nos organizarmos na defesa dos nossos interesses, pois, por dá cá aquela palha, há sempre alguém a descobrir que o seu umbigo é mais redondo do que o dos outros.
    Mas três ou quatro organizações de peso a promoverem uma macacada destas e havia de ser giro...

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    1. Isto é um problema global: quem manda são poucos, quem é mandado está espalhado (e espalha-se ainda mais por ter medo do que os outros fazem)

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    2. Exactamente: a cultura do medo, tão preciosa no tempo do Estado Novo, onde o lema era
      "mete na boca o fado calado
      e um copo de vinho
      que o fado falado
      por ir ser contado
      p'la boca do vizinho"

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