fevereiro 07, 2012

Breves, muito breves reflexões aleatórias...

Uma vaga de frio polar assolou-nos, pelo menos segundo tudo quanto são os avisadores da catástrofe nacional… e quase ninguém deu por isso. Num qualquer sinistro, as vítimas mortais foram setenta e duas ou três ou quatro ou oitenta e cinco, consoante o «órgão noticioso» que propala a notícia. A libertação de um prisioneiro israelita é «trocada» pela libertação de quatrocentos e cinquenta palestinianos. Este ano o Carnaval português é só para alguns e pensa-se que esses alguns possam (ou devam) não ser piegas. O quadro «Os Jogadores de Cartas», de Paul Cézanne, é vendido e comprado por 250 milhões de dólares, sendo o comprador a real família do Qatar, a qual vive repimpada sobre os custos do petróleo que promove em seu benefício. Onze mil crianças morrem de fome no mundo, a cada dia que passa. Um sem-abrigo foi condenado a multa de milhares de euros por furtar um champô e uma bebida num supermercado do norte. O governo português prepara-se para injectar mais 600 milhões de euros no BPN, para o vender, de seguida, por 40 milhões. Na Europa começam a proliferar os políticos não eleitos à frente dos destinos dos respectivos países, ditos democráticos...

Não há qualquer fio condutor nestes nacos desgarrados, para além de serem eles sinais palpáveis da actualidade a que nos deixamos conduzir, um pouco por todo o mundo.

Qualquer noticiário desta actualidade num simples dia é profundamente mais surreal do que foi alguma vez um filme como «O Mundo Cão», que nos sobressaltava de estranheza há umas poucas dezenas de anos.

Urge acabar com isto antes que isto acabe connosco.

E ñem sei se estou a ser piegas ou se estou a ser pessimista em demasia. Mas estou, seguramente, a reflectir aquilo que uma misérrima mão-cheia de políticos de pacotilha anda a fazer.

4 comentários:

  1. Quem nos dera que estivesses a ser só demasiado pessimista...

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  2. O Orca não está a ser pessimista. Nada disso´!
    É antes de mais um realista.
    E aqui é que a porca torça o rabo.
    É realista perante um conjunto de fenómenos, entre os quais até o Natural reflete a acção humana, mas que giram em torno de uma virtualidade: o suspeito do costume: money.
    Dizem os Pink Floyd na sua obra-prima: The dark side of the moon, "...money? it's a shame..."
    E é efectivamente uma vergonha para a nossa condição de seres pensantes dotados da capacidade de raciocínio, que de uma forma colectiva e aos milhões nos deixemos pisar pela virtualidade do dinheiro.
    Já está estafada a opinião de muitos: . há falta de euros? Oi! moços! Façam-nos, imprimam €€€€€€RÓIS!!!! PORRA
    Se não tem uma rotativazita, acho que a casa da moeda em portugal ainda deve ter lá uma no seu museu. Não funciona há dez anos, mas limpa e lubrificada é capaz de rivalizar com a São Rosas a meter meias solas.
    A malta por cá empresta.... melhor, a malta aluga, (por um preçozito camarada.... pago em €uros), desde que mantenham a Troika na casinha escura do castigo.
    Tá combinado, o canalha filhos da p....?!!!

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  3. Políticos de pacotilha ou talvez pandilha de políticos...
    Parece incrível como eles entram a nível assustador sem eleições nem sufrágios...e o povo feito cão pelado nem rosna nem morde..

    O povo adormeceu...?
    Onde pára o bom senso e a honestidade...
    Estão a transformar a Europa numa federação sem cor nome história raça ou o raio que os parta...

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