Numa era em que a ciência mostra sinais de progresso absolutamente incríveis,
todos os dias, dou comigo a tentar perceber por que é que não houve ainda alguém
que se dedicasse à investigação dos limites sociais do conhecimento inter
pares.
Ou seja: até que ponto é que devemos realmente conhecer alguém,
por forma a continuarmos a gostar dessa pessoa? Quanto ranho, quanto riso,
quantas atitudes espontâneas, quantos gestos estudados? Quantas discussões a
quente, quantas reacções ao inesperado, quantas opiniões (in)formadas?
Ou, de
outra perspectiva: até onde devemos mostrar-nos, para nos assegurarmos de que
não despertamos a ira? Ou o mero desinteresse, também é tramado!
Não
sei, foi uma coisa que me martelou, hoje: até que ponto queremos MESMO conhecer
os outros? (ou dar-nos a conhecer, se "nas costas dos outros vemos as nossas",
como diz o senso comum...)
Nem isso é estudado nem as variações temporais do "gostar-se". Sim, que isto de gostar de alguém não é nadinha constante... e não é só "passar a gostar" ou "deixar de gostar".
ResponderEliminarUm dia destes ainda nos dedicamos a isso, Anita...
Não era giro? :)
EliminarMuito giro :O)
EliminarÀ cautela arranja um cão...
ResponderEliminarÉ que gostar implica ultrapassar as coisas que nos afastam do(s) outro(s) e quando conhecemos melhor percebemos que existem coisas inultrapassáveis.
Justamente. E a vontade que tenho, por vezes, é a de voltar atrás, apagando o que conheço agora e ficando-me com o que conhecia até ao dia ou à situação X. Porque afinal não queria conhecer mais do que aquilo. Achas que um cão resolve?
EliminarPelo menos os cães são usados nos equipamentos informáticos e electrónicos, para que os engenheiros não lhes mexam.
EliminarNa verdade, não gostamos de alguém, mas sim da aventura da descoberta de nós mesmos através do outro. O gostar é muitas vezes subvertido pelos sentimentos de posse e dominação. Devemos gostar de alguém como gostamos de ver uma o voo de uma ave que livremente escolhe o nosso ombro para pousar, e sermos nós mesmos aves no ombro desse alguém...
ResponderEliminarÉs um poeta, Charlie!
EliminarÉ por isso que gosto tanto de ti, Sãozinha linda, minha p$#& meu poema....
ResponderEliminarTu sabes que eu também te amo.
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