Afecto? Terceira porta à esquerda.
Sexo? Segundo andar, terceiro corredor, porta vermelha; antes de se deitar com a sua boneca respectiva, dirija-se ao balcão e indique as posições que pretende à recepcionista.
Amor? Preencha o formulário; na parte final, descreva como o pretende num mínimo de duas linhas e num máximo de seis; sente-se no sofá e aguarde a sua vez.
Paixão? Profunda? Desça à sub-cave número dois, inspire e expire profunda e rapidamente ao longo da descida.
Amizade? Suba ao telhado e aguarde a sua vez junto aos restantes ingénuos.
Poema para pôr ao peito? Fique aqui, não se mova; a Tragédia virá brevemente ajudá-lo.
Ego para remendar? É na fila que dá a volta ao quarteirão.
Beijos e abraços e outras coisas simples? Dirija-se a uma das marionetas em qualquer canto da repartição.
Pedidos especiais são sujeitos a análise prévia, utilize o e-mail que consta do formulário número quatro. Não danifique as semi-pessoas que o vão assistir. Identifique o que pretende antes de se dirigir à repartição. Não nos responsabilizamos por mentiras que conte a si próprio. Não nos responsabilizamos por mentiras que nos conte. As infracções serão severamente punidas com coimas elevadas.
Se ainda existir uma pessoa dentro de si, sugerimos que salte do telhado: sentir-se-á muito melhor junto dos outros assim que quebrar e matar a alma.
Eu vou enfiar-me no elevador :O)
ResponderEliminarJoanita, ia dizer cof... mas já cá está :O)
ResponderEliminarExcelente! E tão simplesmente excelente! Parabéns Joana!;)
ResponderEliminarHá textos que, por si só, valem por tudo. É o caso deste.
ResponderEliminarnão é assim que a sociedade (o conjunto de todos nós) se sente confortável?
ResponderEliminarAs mortes da alma são óptimas para manter o desassossego à distância. O desassossego, o eterno crescimento incomoda. Inventa-se o casamento, arruma-se tudo nas posses duma gaveta, arrumadinha e certinha. A porta da rua está fechada mas toda a gente sabe o que está lá dentro, tudo tem um número, uma matrícula, um requerimento que é igual para todos com excepção dos nomes apensos.
Os alemães inventaram o carimbo. Trás!!!! Já está. Oficializado.
Ãi Joana, miss, querçezer....dum telhado abaixo não, mas talvez olhar para cima e fazer do céu o chão para me estatelar...
OK, OK... mas antes de te estatelares, publica lá como post o teu comentário "Acreditamos que o dinheiro tem valor..."
ResponderEliminarah prontes melhér já me squecia e açim, vou já fujindu
ResponderEliminarEu sou mais que vossa mãe...
ResponderEliminarPois pois, tens mesmo tetas de ama-seca....
ResponderEliminarCala-te que já me torceste um mamilo na Praça da República, em Beja!
ResponderEliminarMamilos à parte, a Joana traz-nos aqui uma dinâmica dantesca de repartição pública que, se calhar, é onde estão os funcionários de que falava o «anónimo» da entrada anterior... Lagarto, lagarto...
ResponderEliminarFalavas de repartição púbica, Orquita, Mestre?????
ResponderEliminarMas olhem que já tive uma vez que ir a um serviço do Ministério da Educação na 24 de Julho... e foi bem pior que isto!
ResponderEliminarImagino... E, Paulo, deixa-me adivinhar: nem vislumbraste por lá fosse miligrama de afecto ou de erotismo... Ainda que ficasse no ar algo próximo da sodomia sem consenso... :-(»
ResponderEliminarComo adivinhaste, OrQuita, camarada, bruxo?!
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