Amanhã por esta hora já os coveiros da economia portuguesa estarão mergulhados nos números vermelhos que lhes compete, teoricamente, pintar com outro tom.
Claro que não faltam, sobretudo os que mais contribuíram para a vinda dos algozes, aqueles que minimizam a questão afirmando que eles até já cá estiveram e Portugal deu a volta.
Pois deu, mas todos nos lembramos a que preço até cair do céu o milagre chamado CEE que depois se tornou no pesadelo pró-federalista soterrado pela crise internacional, com o salve-se quem puder a ditar leis enquanto os mais desamparados definhavam às garras das mais do que suspeitas agências de notação que aproveitaram o embalo negativo do subprime para tornarem nações reféns destas ajudas financeiras que estrangulam economias e impedem o crescimento de um país.
Os falsos optimistas, que tentam em vão desdramatizar o desastre provocado por uma sucessão de erros, de negligências e de disparates que culminou com a crise política que tanto deve ter agradado a estes senhores que são agora quem manda aqui, não convencem ninguém e esperam-nos vários anos a marcar passo, país e cidadãos, num ritmo imposto de fora, a juntar os cobres para pagar dívidas inventadas pelos malabaristas do rating ou contraídas desde o tempo em que a União Europeia transpirava milhões.
Agora é a nossa vez de suá-los de volta.
Será que amanhã, quando acordar, ainda terei a cama?...
ResponderEliminar(Sei quem não terás nessa cama...)
ResponderEliminarCamas à parte, esta união europeia está completamente deturpada no que toca ao espírito que norteou a sua criação. As memórias das grandes e devastadoras guerras ficaram para trás e sessenta anos depois, os poucos sobreviventes, eles mesmos, já pouco mais do que momentos episódicos se lembram. O que eles nos contam soa-nos distante e por vezes lendário. Quantas vezes, já há muitos anos, ao ouvir os relatos dum velho telegrafista da primeira grande guerra, condecorado por actos de bravura, me transimitia apesar de todo o seu vigor dos 90 anos, o sabor a inverosimil e a irrealidade.
ResponderEliminarEsta CEE, pensada como um projecto de união entre povos sob o lema da paz e da cooperação, está transformada no pior que o Homem pode dar ao outro Homem, que é o egoísmo puro e estúpido. Como disse ´há bocado, não se podem isolar as passagens da História para acertar as teorias. Os factos são uma cadeia sucessiva de causas e efeitos contínuos. Assim sendo, a cobardia da Europa face aos membros mais débeis, irá cair sobre ela própria. Disso não tenhamos dúvidas. Agora dizem que a Grécia se portou mal, Portugal também, e por aí fora. Mas enquanto mandavam para cá dinheiro para que estes países se empanturrassem com os produtos que esses mesmos emprestadores, ou doadores, de dinheiro enviavam e assim contribuiam para o seu crescimento económico, eles esfregavam as mão gordas e sapudas com a mesma satisfação com que depois se alambazavam de cerveja. Neste momento temos uma Alemanha rendida aos negócios com os Amarelos, os Chinocas. Esses pagam em dinheirinho vivo e o país dos Boches o que menos quer agora saber é destes escuros habitantes do Sul e dos peles vermelhas da Irlanda que foram o mercado por excelência da colocação dos seus produtos industrias e que os ajudaram a construir força económica que agora tem. Até aposto, que se fizessem um referendo na Alemanha, o "sair da UE" ganharia com larga vantagem. Mas como nada é eterno e a união é que faz a força, e como memória é coisa que não me falta, pagaria para ver no que isto irá dar a longo prazo...
:(
ResponderEliminarSe era para se "unificar" a Europa mais valia que tivesse sido antes. Rais partissem as ideias daquele matricida do Afonso! Ao menos unia-se a península! Ou... que saudades do Napoleão! Perdíamos a língua... mas talvez nos sobrasse um cadinho de sopa... Assim, nem pio, nem sopa. Tanto se espadachinou, para isto! :(
Pronto! Está bem. Podem dizer-se umas asneiras em português. E bem que convém aproveitar... que de resto, depois da manada europeia e dos FM's todos, nem as espinhas se aproveitarão.
Bem... a cama ainda estava lá quando acordei... mas às tantas é porque os FMIgerados inspectores ainda não chegaram?!...
ResponderEliminarA verdade Histórica mete de facto , e curiosamente, cama. Não a cama do Bordel da São Rosas, pois essa é mais recente e entra - pelos rendimentos que o FMI lhe indexa- no orçamento geral do Estado.
ResponderEliminarA cama a que me refiro é a da mãe de D. Afonso Henriques.
Aquando das vésperas do falecimento do Rei D. Alfonso VI de Castela e Leão, este sentido-se finar, mandou chamar os dois netos ao seu leito de morte. A um deu o reino de Castela e arredores para governar, e ao nosso Afonso Henriques, o Condado Portucalense, mas com a condição de prestar vassalagem ao seu primo, D. Alfonso VI.
Afonso Henriques indignado não aceitou e ripostou energicamente que era tão neto quanto o seu primo e por esse motivo tinha os mesmos direitos de sucessão que ele.
O seu avô então disse-lhe que havia uma diferença: embora igualmente netos, ele, Dom Afonso ^Henriques, era bastardo...
Na verdade, quando o conde D. Henrique, conde de Borgonha e de Portucale, recebeu por esposa aquela que haveria de ser mãe do nosso primeiro Rei -Dona Teresa-, esta já mantinha uma relação com Egas Moniz e este sim era o pai biológico de Afonso Henriques. Dom Henrique era à altura e para os padrões de longevidade da época, um homem muito idoso e o casamento foi- como era tom na altura -, apenas perpetrado por imperativos de interesses de Estado.
Dom Afonso Henriques é de resto , devo lembrar a todos, profusamente referenciado na História oficial que todos estudam, unha com carne com o seu aio Egas Moniz, estando este sempre presente em todos os momentos determinantes, tanto da sua vida pessoal como nos momentos da História. Do suposto e oficial pai, nenhum relato ou facto importante o ligam ao nosso primeiro rei. Se bem que tenha falecido quando o D. A. Henriques tinha apenas três anos, nenhum facto existe a atestar uma especial determinação ou atenção particular em relação ao que seria o seu herdeiro.
Por altura do falecimento do Rei de Castela e Leão, Don Alfonso VI, D. Teresa já estava amantizada com o Galego Fernão Peres de Atrava e foi contra a mãe nesta condição que ele lutou.
A luta travou-se em diversas frentes pois D. Teresa era também filha bastarda e a sua meia irmã D. Urraca ( a tal que dava urros que nem uma vaca) reclamava de igual modo soberania sobre o condado, pretensão que Dona Teresa porfiava- estando amantizada com um Galego- noutros quadrantes de interesses.
A luta contra a hegemonia de Castela começara na verdade muito antes pois D. Teresa, enquanto D. Afonso Henriques era ainda jóvem, assumiu aquando da morte do seu esposo os comandos do Condado e evitou toda a submissão que o seu pai pretendia em relação à sua meia-irmã. No entanto, após amantizar-se com o Peres de Atrava, outros interesses se alevantaram e muitos nobres galegos viam com bons olhos uma ligação a Castela.
Foi neste complexo e intrincado jogo que o nosso primeiro rei moveu as suas pedras e fundou a nossa nacionalidade.
A vitória final (não FMInal que essa é mais recente) de D. Afonso Henriques deve-se além da sua combatividade, antes de mais ao seu extraordinário sentido negocial, para o qual muito terá contribuido o aconselhamento do aio, o seu pai Egas Moniz.
Como se está a ver, o nosso país nascido a partir de intrincas de alcova nunca poderia ter um bom fim. Ainda se estivesse por lá na altura a São Rosas e tudo se resolveria de outra forma na Fundasão daquilo que o último rei digno desse nome, D.Carlos, haveria de vir a chamar uma choldra.....
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão precisaríamos da São Rosas, Charlie, se a Beatriz-Foice, nessa época, já laborasse...Eh pá! E eu nunca disse que isto era uma choldra!
ResponderEliminarPerdoai então, Sua Majestade, a este humilde servo, os excessos e um ou outro dislate
ResponderEliminarBastardos ou não, os espermatozóides que os geraram deveriam ser de melhor cêpa do que a de alguns me(r)drosos que por aí andam agora... E os óvulos que se deixaram fecundar também deveriam ter objectivos de vida bem mais apelativos.
ResponderEliminarTalvez só isso explique a falta gritante de estrutura dorsal a que vamos assistindo, por estes dias.
Ou então são estes filhos de uma queca muito mal dada, com o devido respeito por espíritos mais sensíveis que aqui venham.
... eu já suspeitava de que isto tinha tudo começado na cama... Não foi por acaso que me ocorreu que a criação de um blogue "erótico" seria a melhor e mais proveitosa forma de, dentro dos limites das minhas modestas possibilidades, "tentar mudar o mundo"... (para melhor). A malta não oxitocina como deve ser, e depois canaliza a energia toda para a agressividade (política, económica, etc.) Entre os bonobos jamais aconteceriam coisas destas!
ResponderEliminarA cama é na verdade o princípio e ao mesmo tempo, o fim mais perigoso da aventura humana.
ResponderEliminarSegundo as estatísticas, é lá, precisamente na cama que a enorme maioria dos óbitos se verificam.
Cuidado portanto com as camas, elas são... de fugir a sete pés.
(De resto, para começar a vida debaixo duma árvore também é bom....)
Libélula, isso que dizes é certinho c'umà gente morrer um dia, passe o mau gosto da comparação.
ResponderEliminarPor essas e por outras é que os bonobos nem votam para eleger os seus dirigentes. Esfreganço a esfreganço, queca a queca, lá vão sabendo, com esse excelente saber de experiência feito, quem são os elementos mais recomendáveis do grupo.
E todos se riem, felizes e contentes, pois sempre que alguma dúvida se instala na cabeça de algum dos elementos, ala, a comprovar a experiêmncia... E lá voltam eles a rir-se.
E eu tenho muito para mim que se riem de nós...
A propósito, FMIgerados? Não sei se o termo é original, mas se é, é muito bem apanhado.
ResponderEliminarSão, lá estou eu a elogiar o Shark...
Tens razão Charlie, não tinha pensado nisso... As são a fonte, não digo de todos, mas de uma grande parte dos males... Será que bastaria serrar-lhes as patas?
ResponderEliminar(Está explicado porque é que a organização social dos bonobos funcina tão bem. Não têm camas! Porra! Assim é fácil!)
Mudando de assunto...
Tenho uma dúvida que me atormenta, e estou de certeza no sítio certo para que alguém me dê uma "mãozinha".
Ainda há pouco não era precisa ajuda do FMI. Diziam eles, "não é preciso", "não é", "não é"... e agora de repente são precisos OITENTA MIL MILHÕES?? Para quê? Depois dos submarinos vamos também comprar um foguetão para irmos todos à lua?
... a propósito dos bonobos, Jorge, acho que para eles todos os membros e membranas são recomendáveis... (e calhar são mesmo!) :)
ResponderEliminarLibélula, tens duas versões à escolha:
ResponderEliminarA coisa estava controlada, os malvados da oposição fizeram uma birra, o Governo caiu e as agências de rating e respectivos proprietários aproveitaram para nos fazerem a folha para não podermos pedir emprestado sem ser a juros tipo D. Branca;
A coisa estava descontrolada mas os malvados andavam a esconder tudo à malta, mas felizmente a Oposição tirou-lhes o tapete e veio a lume o resultado da sua incapacidade governativa.
Agora escolhe. E depois vota em conformidade, se acreditares em alguma das duas...
Orca, juro que não faço ideia se é inédito ou não. Mas saltou-me à carola assim que comecei a matraquear as teclas...
ResponderEliminarCharlie, nisso das camas: morra marta mas morra farta!
ResponderEliminarOs FMI gerados não nos verão como bonobos?...
ResponderEliminarO meu problema, Shark, não são as versões (embora me dê ganas de os correr a todos à paulada com aquilo do "foi ele que começou"). A minha dúvida é mesmo uma questão de números, do oito ao oitenta?? Oitenta mil milhões é muita massa!!! Se fosse dada e de boa vontade... mas não me parece que seja o caso...
ResponderEliminarE isto, Libelita, será apenas tapar o buraco declarado. Mas achas que só o BPP e o BPN tinham buracos nas contas?...
ResponderEliminarIsto para já não falar das contas do Estado, que nem mesmo o Governo sabe ao certo para onde o dinheiro vai...
... mesmo assim não consigo entender. Para o BPN não eram dois mil e tal milhões? mesmo que fossem cinco mil milhões para estes (considerados os buracos maiores, os tais que não tinham sido incluídos nas contas dos estado...) ainda sobram 75 mil milhões. Claro que buracos não faltam, e é justamente isso que me preocupa, que nos endividemos até ao pescoço para o dinheirinho se ir pelos tais buracos que ninguém sabe quais são nem onde desaguam...
ResponderEliminarE espanta-me que toda a gente, poder, oposição, etc., diga que o problema seria evitado à conta de meia dúzia de milhares de milhões... e agora, de repente, sejam precisos 80 mil milhões.
(... e ainda agora no telejornal acabaram de dizer que nenhum deste dinheiro vai ser usado para pagar as tais hiper ruinosas parcerias publico/privadas...)
ResponderEliminarClaro que o FMI não dá ponto sem nó. E isso também é preocupante... não vá o nó ser tal e tão bom, que nunca mais o consigamos desatar...
ResponderEliminarÉ mesmo isso. Se te deres ao trabalho de leres o que tem sido escrito por aqui (textos e comentários), vais encontrar mais algumas hipóteses de resposta.
ResponderEliminarDesculpem-me todos, porque, de facto, não consigo entender, e muito menos acreditar: e aquele filho duma ganda ursa parda (sem querer ofender as ursas) tem a lata de deixar o país neste estado, com um buraco de 80 mil milhões, e ainda recandidatar-se??
ResponderEliminarEssa do buraco de 80 mil milhões é outra ambiguidade das que servem um dos lados da contenda, Libélula.
ResponderEliminarPortugal precisa do 80 mil milhões para sustentar a máquina de chularia que está montada, por exemplo, dentro da Função Pública. E não estou só a falar de mandantes, estou a falar de milhares de pequenos feudos que se instalam desde as autarquias até aos Ministérios como sanguessugas.
E não venham anjinhos dizer-me que a coisa só começou agora, com o mauzão da moda...
Se insistirmos em personalizar num grande satã as culpas no cartório desviamos a atenção do senhor que se segue e respectiva matilha faminta.
ResponderEliminarO país não está na sucata só por causa dos políticos, qualquer deles, mas também pela balda na mama das cunhas e das baixas da treta e dos falsos desempregos e burlas várias praticadas por médicos, addvogados, economistas e outras classes de santos de trazer por casa que sacam dinheiro ao Estado. E é por aí que temos que começar. Pra lidar com os políticos temos os mecanismos democráticos e o que está a acontecer é um caso de polícia.
... laranja/rosa... rosa/laranja... Não há inocentes. Estão todos lá metidos. Uns mais, outros menos, e de boas intenções o inferno cheio. Mas não com o meu voto. E isso é o que mais me deixa em brasa. Do lado de fora, também há poucos inocentes, que a malta do que gosta é de apitos e de bandeirinhas.
ResponderEliminarAgora só faltava ser o "mauzão da moda" a ir para lá outra vez...
... concordo em absoluto. Isto não é um caso do política. É um caso de polícia. E já agora... de saúde mental.
ResponderEliminarGrande Shark! Caso de polícia!! ahahahahahahaha Que capacidade de síntese!
ResponderEliminarHá coisa de uns quinze anitos dizia eu a quem me queria então ouvir - e creio que ainda seriam para aí uns dois ou três... - que só acreditaria que Portugal estava a entrar nalgum rumo de jeito quando visse um gestor ser preso por gestão danosa até ao escândalo, mormente os das Empresas Públicas.
ResponderEliminarPassados que são estes anitos, continuo com a mesma opinião. Creio é que, hoje, já sou ouvido por quatro ou cinco, daí o meu optimismo.
Para além deste egocentrismo todo, sempre considero que o embrulho em que TODOS os partidos foram participando, com a distribuição das prebendas, das cunhas, das influências, dos cargos, do diabo a sete, criou uma teia de interesses de tal modo intrincada que todos acabamos por ser primos uns dos outros - o país é pequeno... - e há sempre alguém perto de nós pendurado numa das tetas da porca.
Quando não é isso, é o «esquema de conveniências» que o mesmo sistema gerou. O «politicamente correcto» é um cancro que mina cada área departamental, cada relação hierárquica, até às relações profissionais directas. O chamado «ficar bem na fotografia», pela manutenção do emprego ou, para os mais antigos, pelo abichar algum na distribuiçãozinha dos lucros ou do folar da Páscoa, ou tão só o sorriso benevolente do «chefe»...
Tudo isso nos criou uma canga que nos traz a armação a arrastar pelo chão... e a carroça cada vez faz mais chiadeira.
Também acho que, no fundo, tudo isto não passa de caso de polícia, como diz o Shark. A chatice é que parece que ns estão em greve e os outros a passajar as peúgas e o coletinho puído, que o salário não dá para a farda que têm de pagar...
Creio mesmo que é pelas mesmas razões que a Inspecção do Trabalho também «não existe».
Ena que delícia ler as caixas de comentários :)^
ResponderEliminarCaso de polícia é bom, mas lembremo-nos que a polícia é Função Pública...
Depois, os 80.000 milhões.
Mais um número e mais nada. Esmagador de facto pelo tamanho, mas que deverá ser lido no contexto percentual. Quanto é 80.000 milhões face ao rendimento que um país produz? Quantos porcento é que esse número corresponde face ao PIB? Que expressão teria esse número se não estivéssemos em crise?
Quanto desse défice corresponde a erros e visões "patrióticas" dos que mandaram abater barcos de pesca e pagaram para não se produzir preferindo importar?
Que parte cabe aos que atiram pedras ao bode de serviço, para expiar culpas ao mesmo tempo que continuam a insistir no erro abusando do poder dominante para estrangular os desgraçados que teimam em produzir português?
Não são esses a "taskforce" comandados pelo rapazola cuja língua se descaiu há pouco quando se referia ao pote do mel?
E depois o FMI....
Segundo se sabe, com o empréstimo à Grecia e Irlanda, esses, os beneméritos do FMI enfiaram 270 mil milhões de lucro com essas operações de "salvamento".
Faz-me lembrar a estorinha dos tipos que empurram um fulano para dentro de água e depois, perante a aflição do eminente afogamento, lhe pedem este lhes vá atirando sucessivamente o relógio, os punhos dourados, os óculos de sol, ou outros óculos, a gravata, os documentos, a carteira etc e tudo sempre feito de bóia na mão, prontos para dar uma ajudinha ao putativo náufrago....
No número mais recente da Visão, a habitual crónica do Boaventura de Sousa Santos (que foi meu professor de Introdução às Ciências Sociais) é sobre «inconformismo e criatividade». Está disponível aqui:
ResponderEliminarhttp://aeiou.visao.pt/boaventura-sousa-santos=s23499
Sou assinante da Visão, e o meu comentário vai no sentido do que ele escreveu e pensa sobre estas manobras. De resto com a autoridade que o teu professor tem, só me espanta ninguém lhe dar ouvidos. Entre tanto arauto da desgraça e rendidos ao fatalismo Efemistas, uma voz como a dele seria certamente precursora de uma alternativa no rumo da Boaventura, mas como Santos da casa não fazem milagres, seremos levados como carneiros pelos Passos, não de Coelhos pelas verduras, mas pelos velhos do deserto de quarenta anos..
ResponderEliminarJorge,
ResponderEliminarEstão explicadas as razões para o teu optimismo! :)
(Uma coisa é certa, é um prazer muito grande ler-te!)
Eu também não me consigo conformar com este regime de impunidade total, e, tal como tu, continuo à espera que haja responsabilização e punição por gestão danosa. Aliás, enquanto isso não suceder, será impossível fugir a este sistema de cargos em muitos casos principescamente remunerados não para governar ou gerir, mas para lesar o estado com o máximo de eficiência. E, há que admitir, nesta perpectiva, eles trabalham bem...
Quanto aos partidos, à democracia ou falta dela, tachos, panelas e baterias completas de instrumentos que nem o diabo adivinharia para que servem, alguma coisa terá que mudar....
Não há por onde fugir. O dinheiro não chega para alimentar tanto disparate e tanto buraco. O povinho pagantes está à rasca. Isto está tudo de muletas. Os jovens, mesmo os que trabalham, estão a viver dos rendimentos e reformas dos mais velhos. A valorização estúpida das casas, de 250% em 15 anos, e o que isso representa por relação ao valor de um salário médio, torna quase impossível que hoje, autonomamente, alguém consiga ter um tecto sobre a cabeça. Isto chegou a um ponto em que se puxa por uma peça e cai o baralho todo. E daqui a dez anos? Como vai ser?
Charlie,
Lá tive eu que ir tentar saber o que são 80 000 milhões por relação a alguma referência. Do que encontrei, parece que o PIB de 2009 foi de cerca de 170 000 milhões...
E encontraste muito bem, Libelita. O PIB de Portugal em 2009 foi mais ou menos isso. Pelo que o que se estima pedir aos FMI gerados é metade da produção interna do país num ano!
ResponderEliminarU porblema ei arranjar manêra de conçeguir prudusir mais cus 170.000 culhões, ai cu disparate melhéres, prudusir mais cus 170.000 milhõens com as resseitas queles traseim e açim... perque melhéres, eu nam macardito nada, a julgar pelu queles teim feitu nus outrus ladus.... :(((
ResponderEliminarCom as receitas dos FMIgerados e com as nossas capacidades produtivas, que estão como estão...
ResponderEliminarhttp://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223054629Q6yOU5pa6Gx45OK0.pdf
ResponderEliminarResumes-me isso, Charlie?
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