abril 21, 2011

Causalidade II

Absolutamente alinhado com a ciência da Causalidade, as escolhas que fazemos ao longo de um percurso não determinam apenas os factores externos ao nosso EU interior, como quem conhecemos, quem amamos, o que fazemos ou como lá chegamos. Determinam também a nossa própria forma de estar e de viver. O nosso coração, a nossa saudade ou o nosso sorriso.
Alguém demasiado focado em determinada tarefa, princípio, ofício, não demorará muito a estar rodeado de vazio humano, sem ter alguém com quem partilhar momentos e sentimentos, e sem que com ele estes sejam partilhados. Alguém muito preocupado em ordenar, mandar, dirigir sem que com respeito tenha atingido esse estádio, estará em pouco tempo a comandar um exército de bolhas de ar sem eco. E muito provavelmente nem dará conta que isso aconteceu.
Um indivíduo que não dê pela passagem de outro na sua vida, não retirará nada que o outro queira oferecer, não dará nada em troca, não haverá proveito. Haverá solidão exponencial no percurso da sua vida.

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”
Antoine de Saint-Exupéry.


5 comentários:

  1. E fazer isso no trabalho? Iss'é qu'é!

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  2. Paulo, permite-me, pessoal a dirigir exércitos de bolhas de ar, desmotivados, sem nada de útil para dar, é o que mais se vê. Todavia, e ilustrado pelo que escrevi e creio ser um retrato coerente, a responsabilidade primeira encontra-se precisamente no dirigente pouco atento.
    Ainda assim, e não só por observação, reconheço que não existem culpas ou responsabilidades solteiras, isoladas.
    Fugindo da filosofia dissertada para o teatro da vida, há naturalmente que analisar cada cenário e agir em conformidade.
    (...) acho que o resto fica para depois... Talvez um post. Eheheh.

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  3. Sempre tentei fazer isso nas organizações por onde tenho passado. Não é fácil... mas dá muito gozo o retorno que se consegue das pessoas quando se sentem tratadas como... pessoas (parece tão básico, não parece?)

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