abril 04, 2011

Colunas - Alicerces do Nosso Mundo II


Estou novamente na minha sala... 

Observo o tecto e a imagem devolvida parece ser de firmeza, aparentemente com as colunas a sustentarem pela mestria do pedreiro que as construiu e pela excelência do que lhe fora colocado à disposição, variável da edificação dignamente alicerçada; num tecto, num Ser Humano, num estado ou numa relação, ou em tantas as demais formas...
Dois são os modos de apreciar a perpetuidade das nossas colunas.
Por observação e vontade;
Ou quando distraímos - por decisivos breves momentos - a atenção do que nos rodeia... e a páginas tantas o desmoronamento dá o seu sinal; num derradeiro chamamento pelo abraço que urgia há muito.

As colunas não são eternas sem manutenção, e o que exigem está por vezes para lá da sapiência que nos foi oferecida.
Parte astúcia do pedreiro querer saber identificar o mal - por vezes ainda mal apresentado - para definir o correcto alicerçar do seu tecto.

As cordas e os nós que enleados seguram para manter a estrutura do que entende como certo, são placebo... O interior nunca devia ser oco. E não está certamente.

14 comentários:

  1. Nuno, ainda me hás-de reparar a coluna... da direita da minha aparelhagem da sala :O)

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  2. Nunca pensei ver o Nuno com discurso de trolha, ó franchemant (como dizem os franceses. ou serão os cartagineses?).

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  3. Ah, mas que dizer das colunas de falsas aparências... Aqui há uns tempos, um amigo meu, engenheiro, cuja empresa viu adjudicada a conclusão de uma obra já meio edificada, em Lisboa, por uma outra empresa que faliu, ao efectuar vistorias às fundações e estruturas descobriu que algumas das colunas mestras do edifício, após alguns centímetros de cimento, estavam recheadas de corticite e de esferovite...
    Ou se trata de algum modelo de construção anti-sísmica pós- moderno, ou alguém enfiou um barrete dos antigos.
    O que vale é que isto só estremece de longe em longe.

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  4. Não sejas tolo, OrCa! Se houver um sismo, o que preferes que te caia em cima? Betão... ou corticite e esferovite?

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  5. Claro! Notaste que uma das alternativas que eu coloco refere o estilo pós-moderno... Também já lhe ouvi chamar taveirismo estrutural, mas não sei se não estariam a falar de outra coisa.

    Não, como diz o Nuno, «o interior nunca devia ser oco». É uma tentação terrível, já que a Natureza (humana?) dizke tem horror ao vazio.

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  6. É verdade. Sempre que vemos um buraco, pensamos sempre em(pre) enchê-lo...

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  7. Oh Sao... experimenta um técnico especializado. eheh
    Eu dessas colunas, só estudando.
    :)

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  8. Oh Shark, tudo o que seja para construir, interessa-me. :)

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  9. Jorge, também tenho visto disso por aí. Começa a ser costume, sobretudo quando o fiscal de obra se contrata à própria empresa de cofragens que efectua o serviço.

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  10. Oh Sao, "o interior nunca devia ser oco" pode aplicar-se a muitas coisas... :)))

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  11. Mas levar corticite e esferovite nunca vi!

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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