abril 22, 2011

Os objectivos finais dos promotores das Crises, ou o pecado mortal do Acreditar

...Os bens, valor real, ficarão nas mãos deles e nós com a virtualidade da dívida...

Nesta altura em que a Crise nos ameaça submergir a um ponto onde julgávamos não ser possível chegar, pois pensávamos ter descido tanto que não seria possivel descer mais e só poderíamos rapidamente subir, impõe-se que façamos algumas reflexões sobre os mecanísmos psico-sociais que estão subjacentes a este fenónemo, maduro que ele está para a "ajuda e intervenção estrangeira" às mãos "competentes" do FMI.
Como é que se chega a este patamar?
Pelo pecado mortal...

O pecado mortal é o acreditar.
E é pelo pecado que nos vencem.
Acreditamos que o dinheiro tem valor.
Acreditamos que há coisas que valem dinheiro, numa subversão torpe do seu contrário: o que vale dinheiro são as coisas, possui-las de facto é que é o valor real!
Troca-se o bem pelo seu valor virtual, e de repente ficamos com o virtual e eles com os bens.
Será?
É!
Neste contexto, eles ainda não tem os bens, mas ao agitar o valor do virtual, e a hipervaloriza-lo, todo o mundo corre atrás do dinheiro pelo valor que se lhe atribui, numa corrida de pesadelo.
Quanto mais se corre atrás dele, mais ele vale.
Mas será que vale?
Não!
Não vale nada, mas está nas mãos dos que nos fazem acreditar que sim.
Qual é o objectivo final?
Ficar-nos com tudo.
Com os nossos bens, riquezas e força de trabalho.
As soluções do FMI demonstram à saciedade:
PRIVATIZE-SE.
E assim, as coisas - bens reais - ficam nas mãos deles e nós com a virtualidade perfeita, nem dinheiro teremos, mas a perfeita virtualidade de o ficarmos a dever a quem nos levou tudo pelo pecado nosso do acreditar...


9 comentários:

  1. Lindo menino!
    (este texto está excelente. Acho que deveria ser lido por todos os cidadãos do mundo)

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  2. Muito honra este pobre escriba, as palavras doutas vindas de vós, Faraó Amon-Rá-Rosas-Moura.
    Bem haja e vida eterna entre Horús, Amon.

    (o "nosso Amén" dito nas missas e orações vem de facto de Amon, e sobre isso tenho mais textos a enviar etc...trabalheira filho, trabalheira)

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  3. Pois... tens-te andado a baldar, tens...

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  4. Completamente Amon, Charlie! Mas há coisas que o dinheiro não compra e que não têm preço ou que compradas deixam de ser essas coisas e passam a ser outras... Enfim, eu sei que tu sabes que eu sei e que nós sabemos que há mais quem saiba e tal...

    Só por isso te deixo hoje e aqui um abraço, que é um daqueles valores imateriais que, se pago em qualquer moeda, perde identidade...

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  5. Abraço, camarada, companheiro e tudo o que queiras ser, pois foi para isso que andei em armas no 25 do A.
    Até os pobres irmãos que ainda saudificam a vetusta memória do Sacrista de Santa Comba, que dentro da sua pequenez de horizontes desconhecem que a grandeza atribuida a seu querido chefe de Estado, só foi possível devido aos seus antípodos estados de intelectos: que grande parece um caracol a uma formiga, desconhecendo estarem ambos em cima dum elefante....

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  6. E se alguém se senta entretanto no dorso do elefante, o caracol e a formiga comentam entre si:
    - Estávamos melhor ao ar livre!

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  7. heheheeheeh
    Boa malha "Çanita melhér"

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  8. Acho que é precisamente quando alguém se senta em cima dum caracol e duma formiga ao dorso dum elefante, que estes ficam na melhor posição, de camarote diria, para assistir ao desenrolar de qualquer Ópera Bufa!

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  9. Mas não é só desvantagens. Ficam com a moleirinha protegida do Sol!

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