abril 08, 2011

Trinta dinheiros mais oitenta mil milhões de euros

Eu confesso que estranhei o entusiasmo da Direita e da alta finança perante a hipótese de Portugal ceder às múltiplas pressões no sentido de empurrar o país para o peditório.

Agora que já conheço duas das condições a serem impostas, flexibilização laboral e ambicioso plano de privatizações (isto, claro, para além de machachada a torto e a direito nas regalias sociais pelas quais a Esquerda sempre lutou) deixei de estranhar.

10 comentários:

  1. Tu estranhaste?!
    Logo se te/nos entranha...

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  2. Fala por ti, que aqui não entranha nada que a porta tá fechada!

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  3. Nem Direita temos.
    Apenas e como muito bem aludes,
    Gente que se vende por 30 dinheiros.
    Como a memória é curta, a frase; "Roma não paga a traidores", não lhes diz nada, assim como " Ai dos vencidos"...
    Mas os ventos da História, tal como os Tsunamis, apenas descansam, nunca dormem e jamais esquecem...

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  4. "E as forças da Natureza, nunca ninguém as venceu", não é, Charlie?

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  5. Olha, a São a dar-lhe para a poesia... Sim senhora, linda menina, nada como uma crise acrisolada para se nos despertar o ânimo para um poema.

    Caro Shark, agora alimento uma espécie de sonho, lírico mas possível pelos meandros obscuros das lusas mentalidades, e a propósito desses mantos diáfanos da fantasia que são tantas direitas e esquerdas: - Tu já viste o que era, de repente, num destes 5 de Junho do nosso descontentamento, cair ao colo do PCP e do BE uma maioria, mesmo relativa? Agora sem URSS e com tudo e todos muito mais globalizados e consensuais...

    Havia de ser coisa linda de se ver. Desde a posse constrangida de um noblesse oblige do Aníbal, até às mirabolantes piruetas de tudo que é analista, passando pela aflição dos próprios, com tanto Banco Europeu e tanto FMI entre mãos... Havia de ser coisa linda de se ver...

    E os américas todos a correr para as embaixadas, e as Merkels a esbugalharem os olhos, e os pêesses a acordarem para outras vidas e os velhos hippies a descobrirem o resto de um charro no baú velho do sótão de lá de casa, e o cravo mumificado dentro de um livro de poemas a ficar corado sem saber porquê...

    E este país todo a redescobrir que, se calhar, a loucura pode ser um destino razoável, face à irrazoabilidade dos dias.

    Eu até acho que vou reactivar uma pequena hortinha que já não cultivo há uma data de tempo, com coentros e rabanetes, dos que não vão à mesa do rei...

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  6. Tu é que tens sempre a poesia em constante desassossego ;O)

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  7. Já devias ter reactivado a horta ontem, pá!
    E não acredito que o BE chegue ao Governo (nessas funções não podem recusar-se a usarem gravata...).

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  8. Bem visto, esse handicap da gravata...

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